O enviado especial das Nações Unidas à Síria, Kofi Annan, anunciou ontem ter alcançado um acordo com o presidente Bashar Assad sobre um novo "enfoque" que irá propor aos rebeldes visando acabar com a violência que causa estragos no país.
O mediador, que reconheceu dois dias antes o fracasso de seu plano de seis pontos para pôr fim à crise, não detalhou o conteúdo do acordo, mas disse que o submeterá aos rebeldes que combatem o Exército.
Annan disse à imprensa em Damasco que a reunião com o presidente sírio foi "franca" e "construtiva". "Falamos sobre a necessidade de acabar com a violência e sobre os meios para alcançar isso" e "chegamos a um acordo sobre um enfoque, que vou compartilhar com a oposição armada".
Genebra
O jornal sírio ligado ao poder Al-Watan havia revelado que o encontro se concentraria na transição política sugerida por Annan, aprovada pelo grupo de ação sobre a Síria em Genebra no dia 30 de junho.
O plano prevê a formação de um governo de transição que reúna representantes do regime e da op osição, sem mencionar a saída de Assad.
A comunidade internacional diverge sobre sua interpretação, já que os Estados Unidos consideram que abre caminho para a era "pós-Assad", e Rússia e China, aliadas de Damasco, reiteram que os sírios devem definir seu futuro.