O presidente sírio Bashar Assad fará neste domingo (6) sua primeira grande declaração pública em semanas sobre o levante contra seu governo, informou a mídia estatal nese sábado (5).
Segundo a televisão síria, Assad, que prometeu esmagar os rebeldes armados que lutam para derrubá-lo, falará sobre os "desdobramentos na Síria e na região".
O último discurso de Assad foi em 3 de junho de 2011, diante do Parlamento. O jornal libanês pró-Síria Al-Akhbar, noticiou na edição de hoje que o presidente sírio se prepara para fazer "o discurso da solução"
Segundo o periódico, que citou fontes anônimas, o chefe de Estado poderá apresentar um plano, com a condição de não ser impedido de se apresentar às eleições presidenciais ao final de seu mandato, em 2014.
Este plano de cinco pontos preveria um cessar-fogo, a presença de observadores internacionais para vigiar sua aplicação, uma Constituinte para redigir uma nova Carta Magna, a formação de um governo de unidade nacional e a realização de eleições livres para formar um novo Parlamento.
Enviado
Durante visita ao final de dezembro a Damasco, o enviado internacional Lakhdar Brahimi sugeriu um plano "baseado na declaração de Genebra", prevendo um cessar-fogo, a formação de um governo e a organização de eleições presidenciais ou parlamentares.
A declaração de Genebra previa um governo de transição, mas não prevê a saída de Assad, uma das condições impostas pela oposição para qualquer regulamentação política.
Brahimi considerou este plano possível de ser aceito pela comunidade internacional. As autoridades sírias reagiram dizendo-se favoráveis a qualquer iniciativa que passe pelo diálogo.
Pelo menos 60 mil pessoas perderam a vida no conflito sírio entre março de 2011 e novembro de 2012, enquanto mais de 550 mil se refugiaram em outros países, segundo os últimos dados da ONU.
Ministros da Primeira Turma do STF que devem julgar Bolsonaro têm atritos com ex-presidente
Supremo dos EUA rejeita bloqueio de Trump a US$ 2 bilhões em ajuda externa
Governo Trump diz que restabelecerá ajuda à Ucrânia se negociações de paz avançarem
Transparência Internacional cita Toffoli na OEA ao relatar desmonte do combate à corrupção