Enquanto turistas chegam ao Havaí para aproveitar o sol, a areia e o surfe, tropas militares de 26 países irão se reunir nas águas da região para ‘jogos de guerra’.
O exercício marítimo Rim of the Pacific (RIMPAC), promovido a cada dois anos pela Frota do Pacífico da Marinha Americana, se autointitula a maior operação marítima do mundo. Segundo o site da Marinha, o treinamento está em sua 25.ª edição e tem o objetivo de “ajudar os participantes a sustentarem relações de cooperação, essenciais para garantir a segurança das rotas marítimas de todos os oceanos do mundo”.
A maior desde seu ano de estreia, em 1971, a atividade tem início nesta quinta-feira (28) e vai até o dia 4 de agosto - exatamente o período de alta temporada turística da região. Quarenta e cinco navios, mais de 200 aeronaves, cinco submarinos e 25 mil militares ocuparão o sul da Califórnia e os arredores das ilhas havaianas.
Porta-voz da marinha americana, Rochelle Rieger explicou, em entrevista ao jornal Huffington Post, que em 2016 o RIMPAC contará com a presença da Dinamarca, Alemanha e Itália pela primeira vez.
Dentre as atividades executadas encontram-se sobrevivência a desastres, operações de segurança marítima, controle marítimo e batalhas complexas. Segundo Rochelle, as tropas também farão resgate submarino avançado e lançamento de míssil de arpão de um navio de combate do litoral dos Estados Unidos.
O Brasil, um dos países que participariam do evento, acabou desistindo por causa de “imprevistos com o cronograma”, mas teve presença convocada para a edição de 2018, como explica o site do RIMPAC.
Danos à vida marinha
David Henkin, advogado ambientalista, contou ao Huffington Post que não existe nenhum debate científico sobre o impacto do RIMPAC e de outros treinamentos similares na vida marinha.
De acordo com estimativa da própria Marinha Americana, publicada no jornal CBS News em 2015, cerca de 155 baleias e golfinhos foram mortos e 2000 feridos em cinco anos na região do RIMPAC por conta de treinamentos.
Colaborou: Cecília Tümler