Cuba e os Estados Unidos trocaram acusações na terça-feira no segundo dia de atividade do novo fórum de direitos humanos da ONU, criado com a pretensão de ser mais efetivo do que fazer apenas acusações levianas.
O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Felipe Perez Roque, acusou os Estados Unidos de manter um "campo de concentração" na base naval de Guantánamo, onde são mantidos presos cerca de 460 suspeitos de terrorismo.
Perez disse, num discurso, que seu país estava falando em nome dos direitos do povo americano, já que os Estados Unidos não estão entre os 47 membros do Conselho de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas).
Suas declarações, porém, foram respondidas duramente pela delegação de observadores dos EUA, que as classificou como "ataques gratuitos e infundados" contra os Estados Unidos.
- O povo americano não precisa de ninguém para falar por ele, especialmente autoridades de um governo autocrático - disse o assessor político dos EUA Velia De Pirro, no direito de resposta às declarações do representante cubano.
O enviado americano destacou que Cuba, assim como os outros integrantes do novo órgão de defesa dos direitos humanos, prometeu promover os direitos humanos tanto em seu território quanto fora dele.
- Em vez de explicar como pretende cumprir essa promessa, Cuba preferiu fazer ataques gratuitos e infundados contra os Estados Unidos - disse De Pirro.
O novo fórum, com sede em Genebra, substitui a desacreditada Comissão de Direitos Humanos da ONU e inaugurou sua primeira sessão na segunda-feira, sob o apelo do secretário-geral da entidade, Kofi Annan, e de outras autoridades para evitar as acusações levianas e o jogo político em sua atuação.
Os Estados Unidos preferiram não participar do órgão da ONU, acusando-o de aceitar países que sabidamente violam os direitos humanos.
Boa parte da sessão inicial, de duas semanas, será dedicada a planejar as atividades futuras. Diferentemente da comissão, que se reunia anualmente.
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