O candidato à presidência da França, François Bayrou, viu o apoio a sua candidatura quase dobrar desde que afirmou, na quarta-feira, que iria disputar o cargo, conforme mostrou uma pesquisa no domingo (11), transformando-o em uma figura-chave que tanto a direita quanto a esquerda terão que vencer na eleição do próximo ano.
Bayrou, que se mostrou surpreendentemente popular na eleição de 2007, viu sua aprovação saltar seis pontos, obtendo 13 por cento das intenções de voto no primeiro turno do que será uma eleição em dois estágios, mostrou a pesquisa LH2 para o Yahoo.
O político de centro disputa o terceiro lugar nas pesquisas com a candidata Marine Le Pen, da extrema direita, que obteve 13,5 por cento das intenções de voto, 1,5 ponto a menos do que no mês passado.
Bayrou, ex-ministro da Educação, pode roubar votos não apenas do presidente conservador, Nicolas Sarkozy, mas também do líder nas pesquisas, o socialista François Hollande.
"Em um momento de perda de fé nos políticos e, notavelmente, nos partidos tradicionais, parece que François Bayrou, que diz ser independente e querer a unidade nacional, tem alguma ressonância na opinião pública", disseram os responsáveis pela pesquisa.
Segundo a pesquisa, Hollande continua na liderança, com 31,5 por cento dos votos, 1,5 ponto percentual acima de 20 de novembro. Sarkozy está com 26 por cento, 3 pontos a menos do que no mês anterior.
A pesquisa mostrou que 57 por cento apoiariam Hollande em uma disputa com Sarkozy no segundo turno, um ponto a menos do que em 20 de novembro.
Bayrou disse que iria disputar em uma plataforma de unidade nacional aberta a todos os reformistas para evitar "o declínio implacável" da França.
Bayrou foi líder da União para a Democracia Francesa ou Partido UDF de 1998 até 2007, mas criou seu próprio Partido do Movimento Democrático (MoDem) depois de não ter ido por pouco para o segundo turno na eleição de 2007, com perto de 19 por cento dos votos.
Ele ficou conhecido como o "Terceiro Homem", sendo cortejado tanto pela direita quanto pela esquerda.
Os pesquisadores da LH2 disseram que entrevistaram 953 pessoas com mais de 18 anos por telefone na sexta-feira e no sábado, depois da cúpula da União Europeia.
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