A marinha italiana resgatou na segunda-feira (14) um bebê de apenas cinco dias de uma embarcação líbia que transportava imigrantes no canal da Sicília, ao sul da Itália.
O navio pesqueiro em péssimas condições já enfrentava problemas para navegar, depois de ter partido da costa da Líbia na noite anterior, segundo autoridades locais. Entre os passageiros, ainda havia nove mulheres nos últimos meses de gravidez, que foram encaminhadas junto ao recém-nascido a um navio da marinha militar para receber atendimento médico.
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O resgate dos 285 refugiados sírios e africanos é mais um episódio da crise migratória na Europa, que já é a mais grave ameaça humanitária no continente desde a Segunda Guerra Mundial. Quase 3 mil pessoas já morreram apenas em travessias no canal da Sicília desde o início do ano.
No mesmo dia, ministros da União Europeia (UE) não conseguiram chegar a um acordo durante uma reunião de emergência na Bélgica, em mais uma tentativa de equilibrar a reação dos países-membros à crise.
Pelo contrário, Áustria, Eslováquia e Holanda anunciaram o início do controle das suas fronteiras na segunda-feira, enquanto a Alemanha restabeleceu o controle na entrada de refugiados do país no domingo, depois de nove dias com as fronteiras abertas ao intenso fluxo de refugiados.
Políticos e ONGs vêm aumentando a pressão sobre líderes europeus para uma ação mais eficaz e rápida na assistência aos imigrantes. Nesta segunda-feira, a ONG Médico Sem Fronteiras, que atua no salvamento de imigrantes no mar, publicou uma carta aos ministros do continente pedindo que “todos os canais de acesso seguro que permitam aos refugiados chegar à Europa sejam ativados com urgência”.
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