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Grupo militar conjunto

Belarus aguarda a chegada de cerca de 9 mil soldados russos

O ditador bielorrusso, Alexander Lukashenko, e Vladimir Putin alegam que grupo militar conjunto tem objetivos exclusivamente “defensivos” (Foto: EFE/EPA/DMITRY AZAROV/KREMLIN)

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O Ministério da Defesa de Belarus informou neste domingo (16) que espera a chegada de cerca de 9 mil soldados russos para compor o grupo militar conjunto da União Estatal russo-bielorrusso diante do aumento das tensões com a vizinha Ucrânia.

“O número total [de soldados russos] será de pouco menos de 9 mil”, escreveu no Twitter o chefe do departamento de Cooperação Militar Internacional da entidade militar, Valery Revenko.

O representante da Defesa lembrou que na véspera começaram a chegar os primeiros comboios com soldados russos que compõem o agrupamento russo-bielorrusso. “O destacamento levará vários dias”, acrescentou.

Neste domingo, o serviço de imprensa do Ministério da Defesa anunciou a chegada dos primeiros aviões russos que vão integrar o grupo.

“O componente aéreo do agrupamento regional de forças da Rússia começou a chegar à República de Belarus”, informou o serviço de imprensa do Ministério da Defesa de Belarus no Telegram.

Anteriormente, o vice-comandante do Estado-Maior General das Forças Armadas de Belarus, Viktor Tumar, disse que a decisão de ativar o grupo conjunto russo-bielorrusso visava reforçar a proteção da fronteira ucraniana, e destacou que se tratava de um projeto “exclusivamente defensivo”.

Na semana passada, o ditador Alexander Lukashenko anunciou que havia concordado com a criação do referido grupo com o presidente russo, Vladimir Putin. “Tendo em vista o agravamento da situação nas fronteiras ocidentais da União Estatal, concordamos em implantar um grupo regional [militar]” de ambos os países, disse.

Em seguida, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, pediu a Minsk que pare de apoiar a “operação militar especial” da Rússia – como Moscou chama a invasão que promove ao território ucraniano.

A Ucrânia acusa Belarus de cumplicidade na atual campanha militar russa em curso, por ceder seu território ao exército invasor para lançar ataques no país vizinho.

Foi o que aconteceu no início da guerra, quando tropas do Kremlin que entraram pelo território bielorrusso tentaram tomar a capital Kyiv, que fica a apenas 100 quilômetros da fronteira com Belarus, e cidades ao redor.

Entretanto, após semanas sem sucesso, as forças russas se retiraram da região de Kyiv no final de março e o esforço de guerra se concentrou no leste e no sul da Ucrânia.

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