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Leste europeu

Belarus discute com o Grupo Wagner formação das forças especiais do país

O ditador bielorrusso, Alexander Lukashenko, e o presidente russo, Vladimir Putin, num monastério na Carélia nesta segunda-feira (24) (Foto: EFE/EPA/ALEXANDER DEMYANCHUK/SPUTNIK/KREMLIN)

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O ministro do Interior de Belarus, Ivan Kubrakov, se reuniu nesta segunda-feira (24) com representantes do Grupo Wagner para discutir o treinamento de forças especiais bielorrussas por parte dos mercenários russos.

“Preparamos um plano claro de ação e trocamos opiniões sobre o uso de diferentes tipos de equipamentos”, informou a fonte em seu canal no Telegram.

Durante o encontro, que ocorreu no centro de formação das tropas do Interior, foi também abordada a “coordenação” entre o ministério e “a companhia militar privada”.

O ditador de Belarus, Alexander Lukashenko, expressou no fim de semana preocupação com o fato de os mercenários russos quererem avançar para Varsóvia devido ao apoio da Polônia ao exército ucraniano.

“Talvez eu não devesse dizer isso, mas vou. Os wagneristas começaram a nos preocupar. ‘Queremos ir para o Ocidente, deem-nos permissão.’ E eu digo, por que querem ir para o Ocidente? ‘Fazer uma excursão a Varsóvia, a Rzeszow’", disse Lukashenko no início de uma reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, no Palácio de Constantino, em São Petersburgo.

Lukashenko afirmou a Putin que Minsk manterá os wagneristas sob rígido controle na base de Moguiliov, conforme acordado após a fracassada rebelião armada liderada pelo grupo há apenas um mês, e que não permitirá que eles se movam, já que seu “estado de espírito é ruim”.

Na semana passada, as Forças Armadas de Belarus informaram sobre um treinamento conjunto com os wagneristas na fronteira com a Polônia, que imediatamente anunciou o envio de duas unidades militares para a área.

No total, a ex-república soviética agora abriga alguns milhares de mercenários - a equipe de pesquisa bielorrussa Gayun relatou cerca de 3,5 mil efetivos -, embora o Wagner estime que esse número chegará em breve a 10 mil.

O Wagner afirma ter atualmente 25 mil homens “vivos e saudáveis”, aos quais se somam os feridos que se recuperam.

O Instituto para o Estudo da Guerra dos Estados Unidos (ISW, na sigla em inglês) informou nesta segunda-feira que “não há indicação” de que os wagneristas tenham as armas pesadas necessárias para lançar uma ofensiva contra a Ucrânia ou Polônia.

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