O governo de Belarus informou nesta quinta-feira (18) que os acampamentos de migrantes na fronteira com a Polônia foram esvaziados. A agência de notícias estatal bielorrussa divulgou que os migrantes foram levados para um entreposto distante da fronteira. A informação foi confirmada por um porta-voz da patrulha de fronteira polonesa, segundo a agência Reuters.
Milhares de migrantes, a maioria vindos do Oriente Médio e da Ásia Central, estavam acampados na região de fronteira entre Polônia e Belarus. A crise foi vista por Varsóvia e pela União Europeia como uma ação orquestrada pelo ditador Alexander Lukashenko para desestabilizar a região, em resposta a sanções impostas ao seu regime por países ocidentais.
Segundo o jornal inglês The Guardian, 13 pessoas morreram durante a crise fronteiriça das últimas semanas. A vítima mais recente foi uma criança síria de um ano, cuja família tentou atravessar para o lado polonês. A causa da morte não foi informada, mas a família da criança teria sofrido um ataque com facas.
Nesta quinta-feira, um porta-voz de Lukashenko afirmou que o governo de Belarus discutiu com a Alemanha a criação de um corredor humanitário para a União Europeia para 2 mil dos migrantes na fronteira e que o regime bielorrusso concordou em ajudar a transportar os 5 mil restantes de volta aos seus países de origem, principalmente Síria e Iraque. A Alemanha não aceitou o acordo, sob a alegação de que o problema diz respeito a toda a União Europeia e não apenas ao país.
Também nesta quinta-feira, centenas de iraquianos viajaram de volta ao Iraque a partir do aeroporto de Minsk. De acordo com a Reuters, foi o primeiro voo de repatriação partindo de Belarus desde agosto.
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