A procuradoria federal belga lançou nesta quinta-feira (7) um novo apelo a testemunhas para localizar o “homem do chapéu”, o terceiro suspeito do aeroporto de Bruxelas que não detonou seus explosivos, dentro da investigação sobre os atentados de deixaram 32 mortos em 22 de março. A procuradoria difundiu nas redes sociais e na internet um vídeo no qual se vê o suspeito, captado por diferentes câmaras de segurança, fugindo do aeroporto quando as outras bombas já havia sido detonadas.
“As pessoas que possam ter imagens de vídeo ou fotos tiradas no itinerário que o suspeito utilizou ou as pessoas que possam oferecer informações podem se manifestar”, indicou o porta-voz Eric Van der Sypt, que forneceu números de telefones local.
O suspeito deixou o aeroporto depois que as bomas explodiram, segundo o vídeo difundido pela polícia.
Ele atravessou a localidade de Zaventem, onde se encontra o aeroporto, e continuou a pé até Bruxelas, deixando pelo caminho seu casaco de cor clara. É possível vê-lo falando ao celular enquanto foge, sem correr.
A procuradoria também publicou um mapa que mostra seu itinerário e as horas em que as câmeras de segurança que o registraram.
O chamado “homem do chapéu” chegou a uma rua situada a apenas 900 metros das instituições europeias e da estação de metrô de Maalbeek, onde também explodiu uma bomba em 22 de março.
Atentados: um fracasso para a Bélgica
Os atentados em Bruxelas foram um fracasso para a Bélgica, admitiu nesta quarta-feira o primeiro-ministro Charles Michel, que negou, no entanto, que seu país seja classificado como “um Estado falido”.
“Quando há um atentado como este, há obviamente um fracasso”, afirmou Michel em uma coletiva com a imprensa internacional.
Michel negou as acusações de laxismo contra as autoridades desde os atentados de Paris, em 13 de novembro, ataques que foram planejados e organizados em grande parte no reino.
“A Bélgica precisou de apenas alguns meses para deter Salah Abdeslam, suspeito-chave dos atentados de Paris e com estreitos vínculos com os autores dos ataques em Bruxelas”, afirmou MIchel, recordando que, para prender Bin Laden, foram necessários dez anos.
“Somos um pequeno país no coração da Europa. Uma plataforma de onde é muito fácil organizar atentados em outros países europeus”, admitiu, no entanto.