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Terra Natal

Bento XVI inicia visita à Bavária

O Papa Bento XVI chegou neste sábado a Munique, para a sua primeira visita oficial à Bavária, a sua terra natal. O Pontífice, que ficará seis dias na Alemanha, chegou ao aeroporto de Franz Joseph Strauss às 10h22m deste sábado. Sob sol forte, ele foi saudado por centenas de fiéis.

Esta é a segunda viagem oficial de Bento XVI à Alemanha. Ele esteve na cidade de Colônia, no ano passado, para a celebração do Dia Mundial da Juventude. Depois de Munique, estão previstas visitas a Marktl, sua cidade natal, Altoetting, um dos pontos mais sagrados da Alemanha, e Regensburg, onde o pontífice ensinou teologia. Ele vai passar um dia com seu irmão, Georg, em Regensburg e juntos vão visitar os túmulos dos pais e da irmã.

Bento XVI analisou a viagem como uma missão que tem como principal objetivo reativar a fé dos alemães.

"De todo o meu coração, quero visitar minha terra natal para reativar a alegria no Cristianismo", escreveu Bento XVI em carta ao jornal da igreja, o Muenchner Kirchenzeitung.

Num momento em que o catolicismo vem perdendo seu apelo junto aos alemães, o Papa disse também que espera reanimar a tradicional comunidade cristã da Bavária.

"Espero que mais jovens superem suas dúvidas sobre a sustentabilidade da Igreja e decidam atender ao chamado e tornarem-se padres", escreveu.

Com suas igrejas com domos, cruzes ao ar livre e retratos de santos nas casas, o catolicismo tem raízes profundas na cultura da Bavária. Os 26 milhões de católicos da Alemanha formam cerca de um terço da população, número quase igual ao de protestantes, que não têm uma figura comparável ao Papa - a não ser que se considere Martinho Lutero, que inspirou a reforma.

"Ter novamente um Papa alemão, depois de 500 anos, fortaleceu a moral geral na Alemanha", disse o premier do Estado da Bavária, Edmund Stoiber, ao jornal Bild, acrescentando que a visita é o evento do milênio para a região.

Mas o Papa também vai enfrentar críticas. Um grupo promete manifestações contra sua rejeição ao homossexualismo. Católicos liberais também pretendem pedir reformas, incluindo a permissão de mulheres e homens casados serem padres, além da abolição do celibato obrigatório.

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