Cidade do Vaticano – O Papa Bento XVI lamentou ontem a situação do Iraque em discurso proferido do balcão da basílica de São Pedro, na tradicional bênção Urbi et Orbi (para a cidade de Roma e o mundo).

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Segundo Bento XVI, "nada de positivo vem do Iraque, convulsionado pela contínua carnificina, à medida que a população civil foge do país." Bento XVI também afirmou que, no Líbano, a paralisia das instituições políticas ameaça o papel que o país árabe é chamado a ter no Oriente Médio, o que coloca sob ameaça o próprio futuro dos libaneses.

"Eu não posso esquecer as dificuldades encontradas diariamente pelas comunidades cristãs, e o êxodo de cristãos que fogem da Terra Santa, o berço da nossa fé. Eu renovo a essas populações a expressão da minha proximidade espiritual," afirmou.

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Bento XVI também criticou conflitos, fomes e crises políticas que ocorrem atualmente na Ásia e na África. "Eu observo com muita apreensão as condições existentes em muitas regiões da África. No Darfur e nos países vizinhos ao Sudão existe uma situação humanitária catastrófica, triste e ignorada. Em Kinshasa, na República Democrática do Congo, a violência e a pilhagem das últimas semanas aumentam o receio sobre o processo democrático congolês e a futura reconstrução do país. Na Somália a retomada dos combates afastou a perspectiva de paz e agravou a crise regional, especialmente com o deslocamento de populações e o tráfico de armas. O Zimbábue está à beira de uma crise, e por essa razão os bispos daquele país em recente documento indicaram que as preces e um compromisso comum para o bem são as únicas maneiras de seguir adiante."

Bento VXI citou as eleições que deverão ocorrer no Timor Leste como uma esperança de paz e reconciliação para o país asiático, mas em seguida lamentou a situação política no Sri Lanka, que vive uma conflito armado, e no Afeganistão, onde a insurgência tem crescido.

"Lamento os recentes eventos que ocorreram em Madagáscar, nas Ilhas Salomão, na América Latina e em outras regiões do mundo. Penso no flagelo da fome, de doenças incuráveis, do terrorismo e dos seqüestros de pessoas, nas milhares de faces da violência que muitos tentam justificar em nome da religião, na violação dos direitos humanos e na exploração das pessoas", disse Bento XVI.