Berlim No mesmo dia em que Bulgária e Romênia se juntaram à União Européia (UE), a Alemanha assumiu a presidência semestral do bloco e também a liderança anual do G8, grupo dos oitos países mais influentes do planeta. No comando das duas instâncias, o país deve centrar esforços em prol da reativação do processo de paz no Oriente Médio, na reaproximação com a Rússia e, principalmente, na aprovação da Constituição Européia.
A constituição entrou numa espécie de limbo político depois que as populações da França e da Holanda a rejeitaram, em referendos realizados em 2004.
"A Europa precisa de um tratado constitucional se quer conservar sua capacidade de ação", afirmou a chanceler (chefe de governo) alemã, Angela Merkel. Com ou sem constituição, a maioria dos búlgaros e romenos festejou o ingresso na UE, que lhes dá a perspectiva de prosperidade.
Angela acredita que a UE está em dívida com os cidadãos e precisa oferecer a eles alguma perspectiva. "Muita gente se pergunta se a Europa nos traz mais segurança, se não há muita burocracia. Nos esforçaremos para dar uma resposta", garantiu. Com esse objetivo, o governo alemão preparou uma viagem de caráter informativo a 52 cidades do país. As visitas começam hoje.
No dia 25 de março, a Alemanha será anfitriã de um encontro que celebrará o 50º aniversário do Tratado de Roma, que marcou o nascimento da Europa Unida. Na quinta-feira, ela irá aos EUA, onde tentará obter o apoio do presidente George W. Bush para seu projeto de revitalizar o processo de paz no Oriente Médio. Angela também dirá a Bush o que pretende fazer no comando do G8, que reúne Itália, Canadá, Reino Unido, França, EUA, Japão, Alemanha e Rússia.