De mal
As relações entre os Estados Unidos e a Alemanha ficaram estremecidas depois de uma série de denúncias feitas por Berlim sobre a espionagem engendrada por Washington em domínio alemão, a começar pelas revelações de Edward Snowden, ex-prestador de serviços da Agência de Segurança Nacional (NSA).
Diplomacia
Americanos pedem que alemães continuem a cooperar após expulsão
Efe
A Casa Branca afirmou ontem que é "essencial" que os EUA e a Alemanha continuem a cooperar em todos os setores apesar da decisão do governo alemão de expulsar o chefe da CIA em Berlim. A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Caitlin Hayden, não comentou especificamente a expulsão do chefe do serviço de espionagem americano por se tratar de "um assunto de inteligência". "No entanto, nossa relação de segurança e de inteligência com a Alemanha é muito importante e mantém os alemães e os americanos seguros", disse Hayden. "É essencial que a cooperação continue em todas as áreas e seguiremos em contato com o governo alemão nos canais apropriados", concluiu a porta-voz.
A Alemanha pediu que o funcionário chefe da inteligência dos Estados Unidos em Berlim deixe o país, adotando uma medida extremamente rara que reflete a irritação profunda do governo alemão com a descoberta, em apenas uma semana, de dois suspeitos de espionarem para os americanos.
O escândalo levou a uma nova tensão nas relações da Alemanha com um de seus aliados mais próximos, depois das revelações feitas no ano passado pelo ex-prestador de serviços de inteligência dos EUA Edward Snowden de que os americanos espionavam os alemães, incluindo a chanceler Angela Merkel.
"O pedido foi feito tendo em vista a investigação em andamento por parte do procurador-chefe federal e questões que emergiram há meses sobre as atividades dos serviços de inteligência dos EUA na Alemanha", disse o porta-voz de Merkel, Steffen Seibert.
Na última quarta-feira, a Alemanha anunciou ter descoberto um suspeito de atuar como agente para os EUA no Ministério da Defesa. Isso ocorreu apenas alguns dias depois de um funcionário do BDA, o setor de inteligência alemã, ter sido preso sob a suspeita de ser informante da CIA, e após ter admitido que enviou documentos para um contato dos EUA.
Merkel fez sua declaração mais firme até agora sobre a suposta espionagem, que ela disse pertencer à era da Guerra Fria.
"Do meu ponto de vista, espionar aliados... é perda de energia. Nós temos tantos problemas, nós deveríamos nos concentrar em coisas importantes", declarou a chanceler a repórteres.
"Na Guerra Fria, talvez houvesse desconfiança geral. Hoje estamos vivendo no século 21. Hoje existem ameaças completamente novas", afirmou.
Boicote do agro ameaça abastecimento do Carrefour; bares e restaurantes aderem ao protesto
Cidade dos ricos visitada por Elon Musk no Brasil aposta em locações residenciais
Doações dos EUA para o Fundo Amazônia frustram expectativas e afetam política ambiental de Lula
Painéis solares no telhado: distribuidoras recusam conexão de 25% dos novos sistemas