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Itália

Berlusconi adverte sindicatos sobre crise na Alitalia

Durante encontro com Sarkozy (esq.) Berlusconi o governo vai pagar 80% do salário por até oito anos para 3.250 funcionários | Philippe Wojazer / Reuters
Durante encontro com Sarkozy (esq.) Berlusconi o governo vai pagar 80% do salário por até oito anos para 3.250 funcionários (Foto: Philippe Wojazer / Reuters)

O presidente italiano, Silvio Berlusconi, advertiu nesta terça-feira (16) que os trabalhadores da Alitalia não devem esperar benefícios generosos, se o plano para resgatar a companhia da falência fracassar.

Berlusconi falou a repórteres em Paris, onde se encontrou com o presidente francês, Nicolas Sarkozy. Segundo o líder italiano, a garantia do governo de pagar 80% do salário por até oito anos para 3.250 empregados - que seriam demitidos de acordo com um plano de reorganização - não será estendida para todos os 20 mil empregados da Alitalia.

"É uma compensação robusta. Eu não gostaria que isso fosse mal compreendido por alguém para ser explorado", disse ele à televisão Sky TG24.

Os comentários de Berlusconi vêm à tona após nove sindicatos que representam funcionários da Alitalia adiarem uma reunião para relançar a empresa, sob novos contratos.

O governo e investidores italianos se preparam para injetar 1 bilhão de euros (US$ 1,4 bilhão) na companhia, condicionando isso à aprovação dos sindicatos. Porém após mais de uma semana de negociações houve diversos desentendimentos, com os próprios sindicatos mostrando em alguns momentos visões divergentes.

Nesta segunda-feira (15), Berlusconi disse que culparia os sindicatos se a empresa não conseguisse se recuperar. "Mas vamos dizer que eu tenho fé no bom senso das pessoas, porque há verdadeiramente uma alternativa: a falência", disse ele, segundo a agência Ansa. As informações são da Associated Press.

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