A condenação de Silvio Berlusconi abriu uma crise política na Itália. Nesta sexta-feira (2), o magnata ameaçou derrubar o governo, condicionando seu apoio à coalizão no poder a uma reforma judiciária. Se suas exigências não forem atendidas, ele promete pedir uma nova eleição, a segunda este ano.
Há dois dias, Berlusconi foi condenado por fraude, no primeiro processo em 20 anos a chegar à última instância. Ele, porém, é o líder incontestável de um dos dois partidos que formam o governo e obteve, em fevereiro, mais de 30% dos votos dos italianos. A prisão e a saída de Berlusconi da vida pública italiana significariam o fim da coalizão liderada por Enrico Letta, do Partido Democrático, de centro-esquerda.
Em uma aparição coreografada, Berlusconi convocou os senadores do partido da Povo da Liberdade. Quando entrou no salão do Palácio Grazioli, sua casa em Roma, foi recebido com uma ovação, transmitida a todo o país. O discurso foi de desafio ao governo. Se a Justiça não for reformada, afirmou Berlusconi, seu partido não terá outra opção senão a de pedir novas eleições. Ou seja, ou ele é resgatado ou derrubará o governo.
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