O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, rebateu seus críticos nesta quinta-feira dizendo ser de longe o melhor líder na história italiana e que nunca pensou em renunciar ao cargo em meio aos escândalos sobre sua vida pessoal.
Em uma animada apresentação mesmo para seus padrões, o magnata da mídia, de 72 anos, também atacou o jornal espanhol El Pais por sua cobertura crítica, negou ter pago por relações sexuais e afirmou que a prostituta que gravou um encontro com ele poderia ser condenada a até 18 anos de prisão.
"Eu sinceramente acredito que sou de longe o melhor primeiro-ministro que a Itália teve em sua história de 150 anos (desde a unificação em 1861)", afirmou Berlusconi na Sardenha, em coletiva de imprensa transmitida pela televisão com o primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero.
Em resposta a um repórter do El Pais, ele classificou como "calúnias" as reportagens de que teria se beneficiado de uma rede de prostituição e disse ser "vítima" de Patrizia D'Addario, que produziu fitas nas quais, segundo ela, foram de uma noite junto ao premiê.
Berlusconi, cuja mulher pediu o divórcio, nunca negou ter dormido com D'Addario, mas disse não ter pago a ela e negou saber que a mulher era uma prostituta.
"Nunca na minha vida, nem mesmo uma vez, eu tive de pagar por um encontro sexual", disse Berlusconi. "E te direi o motivo: para alguém que ama conquistar, a maior alegria é a conquista, então eu pergunto, se eu pagar, que alegria pode haver?".
Pela primeira vez, Berlusconi ameaçou processar D'Addario que, segundo ele, cometeu quatro crimes que, somados, preveem 18 anos de prisão.
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