O ex-primeiro-ministro da Itália Silvio Berlusconi e outras 44 pessoas, entre elas algumas das jovens convidadas para suas festas privadas, estão sendo investigados pela Procuradoria de Milão pelos supostamente falsos depoimentos que deram durante o julgamento do caso Ruby.
Segundo informou nesta quinta-feira (23) o promotor chefe de Milão, Edmondo Bruti Liberati, nessa investigação, conhecida como "Ruby Ter", chega pelas indicações dadas à promotoria pelos juízes encarregados dos dois julgamentos realizados por no caso para que fosse investigado um suposto crime de falso testemunho e corrupção de testemunhas.
Berlusconi, assim como seus advogados Niccolò Ghedini e Piero Longo, está entre os interrogados por um suposto crime de corrupção em ato judicial por ter podido induzir outros para prestar falso testemunho, segundo as conclusões às que chegam os veículos italianos.
A Promotoria de Milão decidiu abrir a investigação como um "ato devido" após as indicações dos juízes que se encarregaram do caso Ruby em primeira instância em suas duas ramificações, que condenaram o ex-primeiro-ministro em 24 de junho a sete anos de prisão e a inabilitação perpétua para cargo público por abuso de poder e incitação à prostituição de menores.
Após saber de sua inscrição entre os investigados, Berlusconi, que em novembro foi expulso do Senado por sua condenação fixada definitivamente a 4 anos de prisão por fraude fiscal, divulgou uma mensagem na qual insiste em que nos últimos 20 anos uma "certa magistratura politizada aliada com a esquerda" tentou lhe destruir por ser o único obstáculo que tinham para o poder.
"Estou aqui e continuo aqui, sentindo sobre mim clara e forte toda a responsabilidade que me vem da confiança e do voto dos cidadãos. Sigo no campo político, mais convencido que nunca de ter que combater até o final para ver prevalecer aquilo em que acredito profundamente", diz o ex-primeiro-ministro.
"O da Justiça é realmente um dos primeiros problemas do país. Um problema que afeta todos os âmbitos de nossa vida: desde as liberdades fundamentais à representação democrática e a economia", acrescenta.
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