Um sombrio e silencioso Silvio Berlusconi entrou ontem no asilo da Fundação Sagrada Família, nos arredores de Milão, para começar a prestar serviço comunitário como parte de uma condenação judicial com duração de um ano por fraude fiscal.
Aos 77 anos, Berlusconi, ainda o político mais influente da centro-direita italiana, teve uma sentença de prisão de quatro anos reduzida, em agosto passado, para uma obrigação de passar quatro horas por semana durante um ano no centro para idosos.
O bilionário da indústria da mídia e ex-primeiro-ministro chegou durante a manhã em um carro preto, vestindo seu costumeiro terno escuro.
Ignorando cerca de 200 jornalistas italianos e estrangeiros, Berlusconi deixou o guarda-costas do lado de fora ao entrar no asilo, um centro de cuidados para idosos e doentes mentais.
"Acho que toda essa atenção da mídia é excessiva, dado que ele não quer vir aqui porque quer ajudar as pessoas sofrendo de Alzheimer, mas sim porque foi forçado a vir", disse um homem que trabalha como voluntário no centro. Ele se apresentou apenas como Mário.
A obrigação de prestar serviço comunitário não impede Berlusconi, que foi expulso do Senado italiano após a condenação, de fazer campanha por seu partido, o Força Itália, para as eleições ao Parlamento Europeu neste mês.
Após completar os primeiros seis meses de serviços, a sentença de um ano será reduzida para dez meses e meio.
Quando foi condenado, a mídia italiana disse que o ex-premiê se daria bem entretendo os idosos, pois tem fama de ser um bom animador de festas.
Lula vai trabalhar crise dos deportados internamente sem afrontar Trump
Delação de Mauro Cid coloca Michelle e Eduardo Bolsonaro na mira de Alexandre de Moraes
Crise do Pix, alta de alimentos e Pé-de-Meia mostram que desconfiança supera marketing de Lula
Tiro no “Pé-de-Meia”: programa pode levar ao impeachment de Lula; ouça o podcast