Roma - O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, 74 anos, rejeitou ontem os pedidos para que renuncie por causa das notícias de que ele ajudou uma garota de 17 anos, que participou de festas em sua casa, e disse que é "melhor gostar de garotas bonitas do que ser gay." Berlusconi negou ter feito alguma coisa de errado, depois de o caso da garota conhecida como Ruby ter saído nos jornais italianos na semana passada e de os parlamentares de oposição terem pedido a sua renúncia.
"Como sempre, eu trabalho sem interrupção e, se ocasionalmente ocorreu de eu olhar nos olhos de uma garota bonita, é melhor gostar de garotas bonitas do que ser gay", disse ele numa reunião em uma exposição da indústria de motocicletas em Milão. "Esse é um governo que ainda tem a maioria e planeja governar até o fim de seu mandato", afirmou.
Berlusconi já se complicou com a mídia no passado por causa de partidos e de mulheres. Ele está sob crescente pressão desde que os jornais trouxeram notícias na semana passada sobre a adolescente que frequentava as festas em sua casa suntuosa em Arcore, perto de Milão.
Um jornal divulgou detalhes de um telefonema que Berlusconi teria dado ao chefe da polícia de Milão em nome de Ruby, quando ela estava detida por roubo, em maio, suscitando questões sobre se ele teria intervindo de forma inapropriada. Berlusconi disse ter ajudado a garota, que teria recebido sete mil euros de Berlusconi depois de comparecer a duas festas, mas nega ter feito pressão imprópria sobre os policiais.
"Essa tempestade recente nos jornais é uma tempestade de papel", afirmou Berlusconi. "Vocês verão no final que nada mais aconteceu além de um ato de solidariedade do primeiro-ministro, sobre o qual eu não me envergonharei."
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