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O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, pediu na segunda-feira que todas as regiões italianas ajudassem a resolver a crise do lixo em Nápoles, que ele qualificou como emergência nacional. Algumas regiões do norte da Itália, no entanto, relutam em colaborar.

O governo baixou na semana passada um decreto que permite a "exportação" para outras regiões do lixo que está sendo empilhado em Nápoles, terceira maior cidade do país. Mas a Liga Norte, partido aliado de governo, continua sendo contrária ao plano.

"A atual situação se tornou uma verdadeira emergência nacional, exigindo a colaboração e a solidariedade acima do nível regional para aliviar o sofrimento dos cidadãos napolitanos", disse Berlusconi em nota.

A crise, que já contribuiu com a queda do antecessor centro-esquerdista de Berlusconi, é resultado de anos de erros administrativos, corrupção e influência da máfia local, que controla o esquema de coleta do lixo.

O problema se arrasta há anos, e agora há novamente pilhas de lixo nas ruas, com o mau cheiro agravado pela chegada do verão, e aterros sanitários transbordando.

Irritados, moradores começaram a queimar pilhas de lixo e a bloquear ruas com sacos de detritos. O recém-eleito prefeito Luigi de Magistris já alertou para os riscos sanitários de queimar o lixo.

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