Roma (AE/AP) O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, um dos mais fiéis aliados do presidente dos EUA, George W. Bush, no conflito do Iraque, afirmou que tentou repetidamente dissuadir o líder americano de lançar a guerra e que nunca se convenceu de que a força militar era a melhor forma de levar a democracia ao país.
Berlusconi enfrenta uma dura batalha pela reeleição no ano que vem, e sua popularidade está em baixa em parte devido à oposição dos italianos à guerra.O premier fez os comentários numa entrevista à rede privada de tevê La7, que será transmitida na segunda-feira. Trechos da entrevista foram divulgados sábado pelas agências de notícias Apcom e Ansa. "Eu nunca me convenci de que a guerra era o melhor sistema para se levar democracia ao país e se livrar de uma ditadura sanguinária", disse Berlusconi. "Tentei várias vezes convencer o presidente americano a não ir à guerra".
"Tentei encontrar outras formas, e outras soluções, até mesmo através de um esforço conjunto com (o líder líbio Muammar) Kadafi. Não conseguimos, e houve a operação militar. Acredito que a ação militar deveria ter sido evitada", acrescentou.
Na véspera da guerra em março de 2003, Berlusconi disse no Parlamento italiano que seria legítimo o uso da força contra o Iraque e que a Itália não poderia abandonar os EUA "em sua luta contra o terrorismo".
A Itália não enviou tropas de combate ao Iraque, mas mandou 3 mil soldados depois da queda de Saddam Hussein para ajudar a manter a ordem.
Carro-bomba
Um carro-bomba explodiu ontem no centro de uma vila xiita ao norte de Bagdá, matando 20 pessoas e ferindo outras 40. A explosão em Huweder, proximidades de Baqouba, ocorreu pouco antes do pôr-do-sol, quando muçulmanos quebravam seu jejum diário do Ramadã, segundo a polícia.
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