O líder da centro-esquerda na Itália, Pier Luigi Bersani, se disse neste sábado (30) disposto a apoiar o plano institucional apresentado pelo presidente do país, Giorgio Napolitano, para tentar tirá-lo da estagnação política em que se encontra desde as eleições gerais de fevereiro.
Por meio de breve nota, Bersani, a quem o presidente encarregou sem sucesso da busca de apoios para conseguir a posse de seu governo, disse que foi um "trâmite muito difícil" para Napolitano elaborar o plano apresentado hoje, que contempla a criação de dois grupos de trabalho para buscar consensos.
"Em um passo muito difícil; o presidente da República, Giorgio Napolitano, decidiu dar à Itália e ao mundo um sinal de estabilidade e de continuidade de nossas instituições. No que diz respeito a nós, estamos dispostos a acompanhar responsavelmente o percurso que o chefe do Estado apontou", disse o secretário-geral do Partido Democrata (PD).
"Um governo de mudança e uma convenção para as reformas continuam sendo para nós o eixo sobre o qual deve ser buscada a contribuição mais ampla das forças parlamentares", concluiu.
A proposta na qual o PD insistiu nos últimos dias é a formação de um governo que dê início a uma espécie de "convenção constituinte" da qual participem as forças parlamentares, para aprovar reformas como uma nova lei eleitoral ou uma redução do número de deputados e senadores.
Bersani rejeitou em todo este tempo a possibilidade de formar um governo de coalizão com o partido do ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, o conservador Povo da Liberdade (PDL).