O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou novas sanções contra a Rússia nesta quinta-feira (24), após o início da invasão de Moscou à Ucrânia, mas reiterou que Washington não entrará diretamente no conflito.
“Embora tenhamos fornecido mais de US$ 650 milhões em assistência defensiva à Ucrânia no ano passado, vou dizer novamente: nossas forças não estão e não estarão envolvidas no conflito com a Rússia na Ucrânia, nossas forças não vão à Europa para lutar na Ucrânia, mas defenderão nossos aliados da Otan e tranquilizarão nossos aliados no leste [europeu]. Como deixei claro, os Estados Unidos defenderão cada centímetro do território da Otan com toda a força do poder americano”, afirmou Biden, que acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de tentar “restabelecer a antiga União Soviética”.
As sanções, que Biden disse que serão acompanhadas pela União Europeia e pelo G7, incluem limitar a capacidade da Rússia de fazer negócios em dólares, euros, libras e ienes; impedir a capacidade de financiamento das forças armadas russas e a competividade do país na economia de alta tecnologia; e bloqueio de grandes bancos russos, que juntos somam cerca de US$ 1 trilhão em ativos.
“Isso vai impor um custo severo à economia russa, tanto imediatamente quanto ao longo do tempo. Nós projetamos propositalmente essas sanções para maximizar um impacto de longo prazo na Rússia e minimizar o impacto sobre os Estados Unidos e nossos aliados”, argumentou o presidente.
Na terça-feira (22), antes da invasão, Biden havia anunciado a primeira rodada de sanções econômicas contra a Rússia, que incluíram “bloqueio total” a duas grandes instituições financeiras russas e “sanções abrangentes” à dívida soberana do país e a oligarcas próximos do Kremlin e seus familiares.
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