O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciará nesta semana durante a Cúpula das Américas uma ajuda alimentar no valor de US$ 300 milhões para a região, uma reforma do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e uma declaração sobre migração, segundo antecipou nesta segunda-feira (6) um funcionário do governo.
Em uma conversa com a imprensa por telefone, essa fonte indicou que Biden chegará a Los Angeles na quarta-feira (8), quando será o encarregado de fazer o discurso da cerimônia inaugural. O presidente americano anunciará uma aliança com a América Latina e o Caribe para promover a "prosperidade econômica" do continente enquanto se recupera dos efeitos da pandemia de Covid-19, conforme detalhou o funcionário.
Essa aliança será baseada em cinco pilares: um novo impulso para as instituições econômicas regionais, uma atualização dos contratos sociais entre os governos e seus povos, bem como melhorias na cadeia de suprimentos, a promoção de energias limpas e o fomento de um comércio sustentável e inclusivo.
Especificamente, de acordo com o funcionário, Biden anunciará mais de US$ 300 milhões em ajuda alimentar para a região, que sofre com o aumento de preços em consequência da guerra da Rússia na Ucrânia, uma vez que ambos os países são dois dos maiores produtores de trigo do mundo.
Além disso, Biden proporá uma "reforma ambiciosa" do BID para dar ao setor privado um papel maior no desenvolvimento do continente. Dessa forma, na quarta-feira o tema predominante será a economia, enquanto na quinta-feira o foco será a crise climática.
Na ocasião, a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, realizará uma reunião com os líderes caribenhos para anunciar uma nova aliança para ajudar esses países, um dos mais afetados no continente pelas mudanças climáticas e pelo aumento do nível das águas. O enviado especial para o Clima, o ex-secretário de Estado John Kerry, também participará dessa reunião.
Por fim, na sexta-feira, Biden pretende assinar um documento chamado "Declaração de Los Angeles sobre Migração", que também será assinado pelo México, apesar de seu presidente, Andrés Manuel López Obrador, ter anunciado que estará ausente da reunião em repúdio à exclusão de Cuba, Nicarágua e Venezuela. Essa declaração não será divulgada até sexta-feira, dia em que a cúpula será concluída.
Questionado pela Agência EFE, o funcionário se recusou a dar detalhes sobre os encontros bilaterais que Biden realizará durante a cúpula, embora tenha confirmado um encontro com o presidente Jair Bolsonaro.
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