O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aprovou o fornecimento para a Ucrânia das polêmicas bombas de fragmentação existentes no arsenal do Pentágono e deve fazer ainda nesta sexta-feira (7) o anúncio sobre a decisão, de acordo com informações da imprensa americana.
A decisão, que burla a proibição legal existente para a produção, uso e fornecimento deste tipo de armas, acontece depois que organizações como a ONG Human Rights Watch (HRW) tenham pedido à Washington para que não as fornecessem.
O jornal americano The Washington Post destacou que a medida acontece no momento em que os ucranianos estão sofrendo uma diminuição nos arsenais de munição de artilharia convencional fornecida pelo Ocidente e aumentando a preocupação sobre a lentidão da contraofensiva ucraniana contra as tropas russas.
Segundo a HRW, tanto as forças ucranianas, como as russas, vêm utilizando bombas de fragmentação, um tipo de munição que é proibida pela maior parte dos países.
O assessor do gabinete presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, defendeu na quinta-feira (6) o fornecimento das bombas de fragmentação pelos Estados Unidos e afirmou que "os ativistas dos direitos humanos lançam uma agressiva campanha de lobby, não para expulsar a Rússia das Nações Unidas, mas para atacar o fornecimento de armas à Ucrânia".
Por sua vez, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, afirmou nesta sexta que cabe a cada país que integra a aliança, de maneira individual, decidir se entrega bombas de fragmentação à Ucrânia.
Este tipo de artefato explode no ar sobre um alvo, liberando dezenas de explosivos menores em uma área ampla, muitos dois quais, acabam não detonando, o que cria um problema de segurança para a população civil no longo prazo.