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Em fevereiro

Biden avalia boicote diplomático dos EUA aos Jogos de Inverno de Pequim

Segundo jornal, nenhuma autoridade americana iria ao evento, mas atletas do país ainda participariam das competições (Foto: EFE/EPA/JIM LO SCALZO)

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta quinta-feira (18) que seu governo vem considerando um boicote diplomático aos Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim, em fevereiro do ano que vem, o que significaria que nenhuma autoridade americana iria ao evento.

“É algo que estamos considerando”, respondeu Biden, ao ser perguntado a respeito por repórteres na Casa Branca no início de sua reunião bilateral com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau.

O jornal Washington Post informou na quarta-feira (17), citando fontes ligadas ao governo dos EUA, que se espera que a Casa Branca anuncie que nem Biden nem qualquer outro funcionário do governo participará dos Jogos na capital chinesa. O evento esportivo será realizado de 4 a 20 de fevereiro.

Segundo o jornal, o boicote diplomático seria uma reação às violações dos direitos humanos por parte do governo chinês, sem prejudicar os atletas americanos.

Segundo as fontes do jornal, o gabinete de Biden ainda não tomou uma decisão, embora uma recomendação formal tenha sido feita ao presidente dos EUA, que ele deve aprovar até o fim deste mês.

A Casa Branca não mencionou no comunicado emitido após a reunião da última segunda se os Jogos Olímpicos haviam sido discutidos. Em sua nota, o governo americano apenas observou que Biden transmitiu a Xi as preocupações de Washington sobre “práticas em Xinjiang, Tibete e Hong Kong, assim como sobre os direitos humanos de forma mais ampla”.

Contudo, nesta quinta, em conversa com a imprensa a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, esclareceu que os dois chefes de Estado não conversaram sobre o evento esportivo. Ainda assim, sem mencionar um possível boicote diplomático, ela disse que os EUA estão preocupados com “abusos dos direitos humanos” por parte do governo chinês em lugares como a província de Xinjiang.

O Washington Post destacou que durante meses os funcionários do gabinete de Biden permaneceram em silêncio e se recusaram a especular sobre se o presidente apoiaria um boicote total aos Jogos, o que significaria a ausência dos atletas americanos.

Entretanto, de acordo com o relato das fontes, agora que a cúpula virtual entre Biden e Xi aconteceu, há menos motivos para adiar o anúncio de um boicote diplomático.

A esse respeito, o Washington Post divulgou que o governo dos EUA informará seus aliados sobre a decisão, embora lhes permita adotar suas próprias resoluções sobre o assunto.

Os legisladores democratas e republicanos, incluindo a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, defenderam o boicote em protesto contra as violações dos direitos humanos na China.

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