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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, informou nesta quarta-feira (26) que instruiu as agências de inteligência americanas a intensificarem as investigações sobre a origem do coronavírus na China e cobrou um relatório com os resultados em até 90 dias. "Os EUA também continuarão trabalhando com parceiros com ideias semelhantes em todo o mundo para pressionar a China a participar de uma investigação internacional completa, transparente e baseada em evidências e fornecer acesso a todos os dados e evidências relevantes", afirmou, em comunicado.
O democrata ressaltou que, quando tomou posse, exortou Pequim a fornecer ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) informações sobre o vírus. "A falha em colocar nossos inspetores no local naqueles primeiros meses sempre dificultará qualquer investigação sobre a origem da Covid-19", ressaltou.
Segundo Biden, em abril, a inteligência americana revelou um relatório que detalha conclusões a respeito das dúvidas sobre o coronavírus, se surgiu de um acidente de laboratório ou se passou de um animal a um ser humano. "Até o momento, a Comunidade de Inteligência dos EUA 'se uniu em torno de dois cenários prováveis', mas não chegou a uma conclusão definitiva sobre esta questão", explicou.
Os EUA lideram uma campanha internacional para pressionar a China a melhorar a transparência sobre os eventos iniciais que levaram à disseminação do vírus em Wuhan. No início do ano, uma missão de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) esteve no país asiático para apurar o caso, mas os resultados foram inconclusivos.
No último domingo, uma reportagem do jornal The Wall Street Journal reacendeu o debate ao revelar que três pesquisadores do Instituto de Virologia de Wuhan procuraram cuidados hospitalares em novembro de 2019, antes do início da epidemia.