O presidente dos EUA, Joe Biden, terá duas interações importantes nos próximos dias para tentar aplacar as críticas depois de seu fraco desempenho no debate contra o ex-presidente Donald Trump.
Biden será entrevistado pelo famoso jornalista George Stephanopoulos, da emissora americana ABC, e fará uma reunião com os governadores de seu partido.
Uma fonte próxima à campanha de reeleição do democrata disse à Agência EFE que a reunião com os governadores acontecerá nesta quarta-feira (3) e provavelmente por teleconferência.
O encontro é a indicação mais clara de que Biden está tentando acalmar os nervos de alguns membros de seu próprio partido, após o debate de 27 de junho contra Trump, no qual ele mostrou fragilidade e até dificuldade para concluir algumas frases.
O desempenho de Biden no debate fez pouco para dissipar as dúvidas dos eleitores sobre sua capacidade de governar. Em vez disso, provocou reação oposta, com aliados do Partido Democrata pedindo publicamente ou em particular sua desistência.
Para tentar acalmar os ânimos, a equipe de campanha tem feito um trabalho intensivo de relações públicas com várias ligações e reuniões para tranquilizar os principais doadores, membros do Congresso e outras autoridades eleitas, disseram à EFE fontes próximas ao Partido Democrata.
Uma das opções cogitadas para melhorar a imagem pública de Biden foi uma entrevista ampla na qual ele demonstraria sua capacidade de responder perguntas sem um discurso roteirizado.
A rede de televisão ABC anunciou hoje que Stephanopoulos conduzirá uma entrevista com Biden, que irá ao ar no domingo (7) no programa This Week.
Além disso, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, anunciou nesta terça novos eventos na agenda do presidente para esta semana, incluindo um comício de campanha na sexta-feira (5) em Wisconsin, um estado-chave nas eleições e onde Biden dará a entrevista ao jornalista da ABC.
No domingo, o presidente viajará para o estado da Pensilvânia, e na próxima semana dará uma entrevista coletiva coincidindo com a cúpula da Otan em Washington, que será realizada de 9 a 11 de julho, de acordo com a porta-voz.
Até o momento, Biden não deu sinais de que pretende se retirar da disputa pela Casa Branca, e figuras influentes do Partido Democrata, como o ex-presidente Barack Obama, manifestaram apoio a ele.
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