O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou nesta terça-feira (26) quatro decretos voltados para a reforma no sistema prisional e o combate ao racismo estrutural e à desigualdade racial no país. "É hora de agir", afirmou o democrata durante um pronunciamento.
Uma das medidas tomadas por Biden proíbe o Departamento de Justiça de renovar contratos com prisões privadas. "Nós precisamos de uma reforma da justiça criminal", declarou. Em sua campanha, o democrata defendeu a eliminação do uso de prisões privadas pelo governo federal americano.
Outro decreto prevê o fim de práticas do Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano que tenham contribuído para o aumento da desigualdade. Biden disse em memorando ao departamento que irá "corrigir o racismo histórico nas políticas federais de habitação".
A terceira medida destaca o comprometimento do governo com o respeito à soberania das tribos do país e a quarta tem o objetivo de combater a xenofobia contra americanos de origem asiática. A presidência trabalhará com os departamentos de Saúde e de Justiça para implementar essa política, que aborda especificamente o preconceito contra asiáticos em meio à pandemia de coronavírus.
Ao afirmar que concorreu à presidência por acreditar na "alma" do país, Biden disse que essa identidade nacional "estará ferida enquanto o racismo estrutural existir". O democrata também destacou que a morte de George Floyd em 2020 marcou "um ponto de virada" na atitude dos EUA em relação ao tema. O assassinato de Floyd, um homem negro que foi asfixiado por um policial branco, desencadeou uma onda de protestos antirracismo nos EUA, em meio à campanha eleitoral.
O democrata defendeu, ainda, que a luta contra a desigualdade racial deve ser bandeira de todos os setores do governo. "Eliminaremos o racismo estrutural de todos os cantos da Casa Branca", declarou Biden.