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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou neste domingo (28) que chegou a um acordo definitivo com o líder republicano na Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, para elevar o teto da dívida do país e que o texto está pronto para ser votado no Congresso.
"O acordo representa um compromisso e isso significa que ninguém tem tudo o que quer, mas essa é a responsabilidade de governar", disse o presidente em entrevista coletiva na qual pediu à Câmara e ao Senado que aprovem a regra que impedirá os EUA de entrar em uma situação de inadimplência.
"Peço encarecidamente que ambas as casas aprovem esse acordo. Vamos continuar avançando no cumprimento de nossas obrigações e na construção da economia mais forte do mundo", declarou Biden na Casa Branca.
Embora não se conheçam muitos detalhes do acordo, o presidente democrata explicou que foi alcançado depois que foram feitas algumas concessões no orçamento, mas minimizou sua magnitude.
Ao ser questionado sobre o risco de legisladores progressistas pensarem que foram feitas muitas concessões, Biden respondeu: "Logo verão que não fiz isso".
O presidente dos EUA afirmou acreditar que os republicanos negociaram "de boa fé" e que está convencido de que McCarthy tem apoio suficiente de seu partido para aprovar o texto. "Se não, acho que não teríamos fechado o acordo", comentou.
Por meio de mensagem nas redes sociais, Biden detalhou que o acordo protege as prioridades e "conquistas" de seu governo, rejeita "cortes extremos" em programas para veteranos, idosos e famílias vulneráveis; protege a seguridade social e mantém o programa de alívio da dívida estudantil para 40 milhões de pessoas.
Os congressistas e senadores terão agora alguns dias para ler o texto, que será votado primeiro na Câmara, na próxima quarta-feira (31), cinco dias antes da data anunciada pela secretária do Tesouro, Janet Yellen, como o prazo para os EUA entrarem em situação de inadimplência.