O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse neste domingo (10) que cogita decretar uma emergência de saúde pública relacionada ao aborto no país.
A medida, cujo objetivo e abrangência não foram detalhados pelo democrata, seria uma resposta à decisão do mês passado da Suprema Corte do país que derrubou uma jurisprudência federal sobre o aborto de quase 50 anos e devolveu aos estados americanos a liberdade de legislar sobre o assunto como preferirem.
Segundo informações da imprensa americana, Biden estava a caminho de um passeio de bicicleta perto de sua residência, no estado de Delaware, quando parou para falar com repórteres.
Perguntado se cogitava declarar uma emergência de saúde pública em relação ao acesso ao aborto, o presidente respondeu que pediu à sua equipe para verificar se ele possui “autoridade” para isso e quais seriam os impactos.
Biden, que é favorável ao aborto, manifestou apoio aos protestos de ativistas que compartilham sua opinião, como um realizado no sábado (9) na capital americana, Washington.
“Continuem protestando. Continuem manifestando sua posição. Isso é extremamente importante”, afirmou.
Os comentários de Biden foram feitos dois dias depois de o presidente americano ter assinado uma ordem executiva que visa ampliar o acesso ao aborto no país. Porém, não ficou claro o alcance dessas medidas: o secretário de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, Xavier Becerra, deve apresentar um relatório dentro de um mês e detalhar essas ações.