Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Guerra no Oriente Médio

Biden diz que ocupação de Gaza por Israel seria um “grande erro”

Biden disse que o Hamas não representa “todo o povo palestino” e que Israel ocupar Gaza novamente seria um erro (Foto: EFE/EPA/Ting Shen)

Ouça este conteúdo

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, voltou a enfatizar o direito de Israel de contra-atacar após a ofensiva do grupo terrorista Hamas ao seu território, mas advertiu Tel Aviv que voltar a ocupar a Faixa de Gaza seria um “grande erro”.

As declarações de Biden foram feitas em uma entrevista transmitida neste domingo (15) pela emissora CBS. “Acho que seria um grande erro”, disse Biden à CBS na entrevista gravada na quinta-feira e transmitida ontem à noite.

“O que aconteceu em Gaza, na minha opinião, é que o Hamas e os elementos extremistas do Hamas não representam todo o povo palestino. E penso que seria um erro Israel ocupar Gaza novamente”, declarou.

No entanto, Biden considerou que é necessário “eliminar os extremistas” que se escondem entre a população civil na Faixa de Gaza. Por isso, rebateu os pedidos de cessar-fogo feitos neste momento por líderes como o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

“Olha, há uma diferença fundamental. Israel está indo atrás de um grupo de pessoas que se envolveram em uma barbárie tão grave quanto o Holocausto”, disse o presidente americano.

“Portanto, acho que Israel tem que responder. Eles têm que ir atrás do Hamas. O Hamas é um bando de covardes. Eles estão se escondendo atrás de civis. […] Os israelenses farão tudo ao seu alcance para evitar a morte de civis inocentes”, afirmou Biden.

A Faixa de Gaza foi administrada pelo Egito entre o armistício da guerra árabe-israelense de 1949 e a Guerra dos Seis Dias de 1967, quando Israel tomou o Sinai, Gaza, Cisjordânia, Jerusalém Oriental e as Colinas de Golã na Síria.

Israel retirou-se de Gaza em 2005. No ano seguinte, o Hamas concorreu às eleições e conquistou a maioria dos assentos do Conselho Legislativo Palestino.

Perante a ameaça internacional de sanções, o grupo terrorista aceitou um governo de unidade com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.

No entanto, uma violenta luta nas ruas de Gaza entre os apoiadores do Hamas e os do presidente palestino terminou com a expulsão deste último do enclave.

O Hamas começou a governar de fato em 2007 e desde então o território tem sido isolado e bloqueado por terra, mar e ar pelo Egito e por Israel. Além disso, depende do Estado judeu para abastecer-se.

O Exército israelense entrou à força na Faixa de Gaza em 2009 e 2014, mas em ambos os casos optou por não permanecer no território.

O embaixador israelense nos Estados Unidos, Michael Herzog, disse à CNN no domingo que Israel não pretende ocupar Gaza após o fim do conflito.

“Não temos nenhum desejo de ocupar ou reocupar Gaza. Não temos nenhum desejo de ter poder sobre as vidas de mais de 2 milhões de palestinos”, afirmou Herzog. (Com Agência EFE)

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.