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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, concordaram neste domingo (28) em implementar “medidas imediatas” para reduzir drasticamente as travessias ilegais de migrantes em sua fronteira comum, anunciaram os dois governos em comunicado conjunto nesta segunda-feira (29).
Biden e Obrador se falaram por telefone no domingo e ordenaram que suas equipes de segurança nacional “trabalhassem juntas para implementar imediatamente medidas concretas para reduzir significativamente as travessias irregulares de fronteira, protegendo os direitos humanos”.
De acordo com a mesma nota, os dois presidentes também se comprometeram a “promover iniciativas para abordar as causas profundas da migração” no continente e concordaram que “aumentar a prosperidade e a segurança regional” é vital para enfrentar a crise migratória a longo prazo.
O governo de Joe Biden, que não detalhou quais são essas “medidas imediatas”, pressionou o México no final de 2023 a reforçar as operações para interromper as rotas que os migrantes tomam para o norte, especialmente em trens de mercadorias, depois que um número recorde de travessias de fronteira foi registrado nos EUA.
As chegadas de migrantes na fronteira sul dos EUA caíram em janeiro e fevereiro, o que as autoridades e especialistas americanos atribuem às medidas restritivas impostas pelo México.
No entanto, não está claro se essa tendência será mantida: na semana passada, mais de mil migrantes chegaram a bordo do trem de mercadorias conhecido como “The Beast” em Ciudad Juárez, na província de Chihuahua, localizada no norte do México, na fronteira com El Paso, do Texas (EUA).
A tensão entre EUA e México sobre a migração na fronteira aumentou em meio às campanhas eleitorais presidenciais que ambos os países estão realizando este ano. Nos EUA, Donald Trump, o provável representante republicando nas eleições presidenciais americanas de novembro, acusa a administração Biden de não tomar medidas concretas para reduzir a imigração.
Parlamentares republicanos do Congresso também investigam membros do governo Biden, que acusam de inação em meio à crise. (Com Agência EFE)