Griner foi condenada em agosto a nove anos de prisão na Rússia sob a acusação de posse de drogas e contrabando, enquanto Bout, conhecido como “Mercador da Morte” e “Senhor das Armas”, cumpria uma pena de 25 anos nos EUA.| Foto: EFE
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, confirmou nesta quinta-feira (7) que a jogadora de basquete Brittney Griner foi libertada na Rússia em troca de presos e que já está viajando em direção ao território americano.

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"Ela está a salvo, está em um avião. Vem de volta para casa", garantiu o chefe de Estado, em postagem no Twitter, em que garantiu já ter conversado com a atleta.

A declaração de Biden foi feita na abertura da entrevista coletiva que o presidente concedeu na Casa Branca junto com a vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, e a mulher da jogadora, Cherelle Griner.

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O presidente explicou que a atleta está em um bom estado de ânimo e que foi libertada após "intensas negociações", seguintes a uma condenação por um julgamento "teatral" e injusto.

Na coletiva, Biden também mencionou outros americanos que foram tomados "como reféns" e "detidos arbitrariamente" na Rússia ou outros países, garantindo que essas pessoas são prioridade para o governo que lidera.

O presidente lamentou que os Estados Unidos não puderam libertar ainda o ex-fuzileiro naval Paul Whelan, acusado de espionagem pelas autoridades russas.

Rússia também confirma a troca

"Em 8 de dezembro de 2022 no aeroporto de Abu Dhabi, a troca do cidadão russo Viktor Bout pela cidadã americana Brittney Griner, que cumpriam penas em instituições penitenciárias americanas e russas, respectivamente, foi concluída com sucesso", disse a diplomacia russa em um comunicado.

Griner foi condenada em agosto a nove anos de prisão na Rússia sob a acusação de posse de drogas e contrabando, enquanto Bout, conhecido como "Mercador da Morte" e "Senhor das Armas", cumpria uma pena de 25 anos nos EUA.

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Segundo o Ministério da Defesa chefiado por Sergei Shoigu, a Rússia "estava há muito tempo" negociando a libertação de Bout, que foi preso na Tailândia em março de 2008 e extraditado para os EUA em novembro de 2010.

"Washington rejeitou categoricamente o diálogo sobre a inclusão do russo no esquema de intercâmbio", disse a pasta, que alegou ter "trabalhado ativamente para resgatar nosso compatriota".

"Como resultado desses esforços foi possível chegar a um acordo com o lado americano sobre a organização da troca do Mas por Griner", acrescenta o texto.

Em novembro, a diplomacia russa reconheceu que uma troca de prisioneiros entre a Rússia e os EUA seria um sinal positivo para as relações entre os dois países.

"Se isso acontecesse, seria sem dúvida um sinal positivo de que nem tudo está perdido nas relações EUA-Rússia. Talvez este sinal também seja apropriado agora, se for possível chegar a um acordo", disse Sergei Ryabkov, vice-ministro russo das Relações Exteriores.

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A situação de Griner e outros prisioneiros americanos na Rússia foi discutida, segundo Washington, em uma reunião no mês passado em Ancara, na Turquia, entre o diretor da CIA (agência de inteligência dos EUA), William Burns, e o chefe do Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia (FSB), Sergey Narishkin.

A última troca de prisioneiros entre a Rússia e os EUA aconteceu em abril, quando o estudante e ex-militar Trevor Reed foi trocado pelo piloto russo Konstantin Yaroshenko.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]