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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, acusou neste sábado (12) os Estados Unidos de promover "uma campanha de propaganda" sobre um suposto ataque à Ucrânia. Lavrov fez a acusação diretamente ao secretário de Estado americano, Antony Blinken, poucas horas antes de um telefonema entre os próprios presidentes de Rússia e EUA, Vladimir Putin e Joe Biden, que tentam evitar um conflito. De acordo com o Kremlin, a conversa está marcada para às 11h dos EUA (horário da Costa Leste, 13h de Brasília).
"O ministro (Lavrov) enfatizou que a campanha de propaganda lançada pelos Estados Unidos e seus aliados sobre a "agressão russa" contra a Ucrânia (...) incentiva as autoridades de Kiev a sabotar os acordos de Minsk" e tentar resolver o conflito no leste "pela força", disse o Ministério das Relações Exteriores russo em comunicado divulgado após a conversa telefônica com o chanceler americano.
O chefe da diplomacia russa também disse a Blinken que as respostas dos EUA e da Otan às propostas de segurança de Moscou "ignoram as principais preocupações da Rússia", particularmente em questões relacionadas à não expansão da aliança militar e à não utilização de armas de ataque perto das fronteiras da Rússia.
A conversa entre Lavrov e Blinken aconteceu poucas horas antes de um telefonema entre os próprios presidentes de Rússia e EUA, Vladimir Putin e Joe Biden. De acordo com o Kremlin, a conversa está marcada para às 11h dos EUA (horário da Costa Leste, 13h de Brasília).
Moscou classificou como "histeria" a enxurrada de informações sobre um iminente ataque russo à Ucrânia, que segundo a Casa Branca pode ocorrer já na próxima semana.
"A histeria da Casa Branca é mais reveladora do que nunca. Os anglo-saxões querem a guerra a qualquer custo", declarou, também neste sábado, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
Segundo Zakharova, provocações, desinformações e ameaças são "o método favorito" dos "anglo-saxões" para resolver "seus próprios problemas".
Os Estados Unidos advertiram na sexta-feira (11) que existe uma "possibilidade clara" de a Rússia atacar a Ucrânia na próxima semana, razão pela qual pediram a seus cidadãos que deixem o território ucraniano em até 48 horas e ordenaram o envio de mais 3 mil militares para a Polônia.