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com informações da EFE
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta sexta-feira (31) que “ninguém está acima da lei”, em referência à condenação recebida pelo ex-presidente Donald Trump no dia anterior. Ele disse ser “imprudente e perigoso” que o republicano sugira que a decisão do júri foi manipulada.
“É imprudente, perigoso e irresponsável para qualquer um dizer que isso foi manipulado, só porque eles não gostam do veredicto”, disse Biden em um pronunciamento feito da Casa Branca. Originalmente, a fala de Biden foi programada para tratar da situação no Oriente Médio.
As críticas do presidente americano ao antecessor aconteceram um dia depois que o júri do julgamento criminal de Trump em Nova York o considerou culpado de 34 acusações de falsificação de registros comerciais para abafar um relacionamento extraconjugal que ele teve com a ex-atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels.
O líder democrata afirmou também que Trump tem a oportunidade de recorrer do veredicto, “assim como qualquer outra pessoa”: “É assim que funciona o sistema judiciário americano”, comentou.
"Ninguém está acima da lei"
“Nosso sistema judiciário tem quase 250 anos e é literalmente a pedra fundamental dos EUA. O sistema judiciário deve ser respeitado e nunca devemos permitir que alguém o destrua. Isso é a América, isso é o que somos e o que sempre seremos, se Deus quiser", acrescentou Biden.
O presidente americano enfatizou que o júri chegou a um veredicto unânime, era composto por 12 americanos comuns e que o processo de escolha foi o mesmo de "todos os jurados no país”.
“O princípio americano de que ninguém está acima da lei foi reafirmado. Donald Trump teve todas as oportunidades de se defender. Foi um processo estadual, não federal", afirmou Biden.
Na quinta-feira, logo após tomar conhecimento do veredicto, o ex-presidente republicano se declarou um “prisioneiro político”. Nesta sexta, em entrevista coletiva em Nova York, ele usou boa parte do tempo para questionar a legalidade do julgamento. Trump disse que vai recorrer, alegando, entre outros pontos, que o juiz Juan Merchan o impediu de usar a palavra em diversas ocasiões.