Biden fecha acordos e diz que EUA poderão vacinar 300 milhões de pessoas até julho

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira (11) que o governo americano acertou a compra de 200 milhões de doses adicionais de vacinas contra a Covid-19. Com o acordo, os EUA estão "no caminho" para ter 300 milhões de americanos vacinados contra o coronavírus até o final de julho, disse o presidente. As doses seriam suficientes para garantir a imunização de toda a população americana que está apta a ser vacinada.

A compra aumenta o suprimento de vacinas contra a Covid-19 no país para um total de 600 milhões de doses. Biden anunciou que foram acertadas as compras de 100 milhões de doses das duas vacinas que já receberam autorização para uso de emergência no país, da Moderna e da Pfizer.

Segundo Biden, o governo não tinha um plano nacional de vacinação antes de ele assumir o cargo, o que "leva tempo para ser arrumado". "Temos muito mais recursos agora para vacinação do que quando começamos o governo há três semanas", afirmou, em discurso no Instituto Nacional de Saúde.

A Moderna confirmou a compra em comunicado e afirmou que está trabalhando com parceiros de produção no país, assim como reguladores federais, para "explorar maneiras de acelerar a entrega, com o objetivo de fornecer este novo pedido de 100 milhões de doses antes do final de julho de 2021".

A Moderna já havia prometido entregar ao governo americano 100 milhões de doses até o fim de março e outros 100 milhões até o final de junho. A Pfizer disse que pode oferecer 120 milhões de doses até o fim de março e outros 80 milhões até o final de maio, segundo o Washington Post.

O país espera ainda contar com doses da vacina da Johnson & Johnson, que é aplicada em um única dose, diferentemente das outras, que precisam de duas inoculações. A empresa solicitou autorização de uso do seu imunizante no começo deste mês às autoridades regulatórias americanas.

Biden afirmou que "não teremos a economia voltando enquanto não derrotarmos esse vírus", o que deve ser a prioridade nacional. "Espero que republicanos e democratas aprovem plano de resgate no Congresso", indicou, ressaltando que uma soma importante dos recursos de seu pacote de US$ 1,9 trilhão é destinada à vacinação e outros meios de contenção da Covid-19.

Citando projeções, o presidente afirmou que há indícios de que se o pacote for aprovado, os EUA terão pleno emprego em dois anos, e um crescimento do PIB maior do que caso os estímulos não sejam aplicados. "Temos recursos e condições para fazer isso", concluiu.