Kim Jong-un faz um discurso de encerramento na Sexta Conferência de Secretários de Células do Partido dos Trabalhadores Coreia, em Pyongyang, em 8 de abril| Foto: Agência Central de Notícias da Coréia do Norte (KCNA)
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A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, anunciou em 30 de abril que o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, havia concluído a revisão das políticas do seu país em relação à Coreia do Norte. Um artigo do Washington Post, que citou autoridades de alto escalão anônimas, fornece alguns parâmetros gerais da política, mas os detalhes permanecem esparsos.

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Houve repetidos indicativos de que a posição política completa seria revelada em um futuro próximo. No entanto, pode-se esperar que a revelação seja adiada até depois da reunião entre o presidente Joe Biden e o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, em 21 de maio.

Funcionários da administração Biden continuam a alegar um “novo curso”, diferente daqueles de governos anteriores. Porém, as ferramentas e as maneiras de se construir uma política são limitadas, portanto, provavelmente haverá maior continuidade das abordagens anteriores do que o que foi descrito.

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A proposta de uma "abordagem diplomática modulada, cuidadosa e calibrada" da administração Biden parece consistente com as políticas dos EUA desde o "Agreed Framework" (Estrutura Acordada) de 1994.

A nova política de Biden rejeita o "modelo Líbia" do então conselheiro de segurança nacional John Bolton, que exigia que a Coreia do Norte se desnuclearizasse totalmente antes de receber quaisquer benefícios. Essa proposta, no entanto, não foi a única proposta de política durante a administração Trump.

Enquanto Bolton e o secretário de Estado Mike Pompeo adotavam a proposta “tudo antes de qualquer coisa”, outras autoridades, incluindo o vice-presidente Mike Pence, o secretário de Defesa James Mattis e o secretário adjunto de Estado Stephen Biegun, falavam de uma abordagem gradual.

Até Bolton e Pompeo, às vezes, fizeram comentários indicando que haveria algum alívio das sanções dos EUA antes da desnuclearização completa norte-coreana.

O modelo Líbia nunca foi uma proposta política viável. Especialistas que defendem a desnuclearização norte-coreana completa sabiam que qualquer acordo negociado seria implementado de forma gradual e sequencial.

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Declarações anteriores de autoridades da administração Biden dão indicações adicionais sobre como será a política. É animador que o governo Biden esteja enfatizando que manterá a desnuclearização como o objetivo estratégico dos EUA.

Alguns analistas externos defenderam o abandono da desnuclearização completa como meta e, em seu lugar, a adoção de uma abordagem de controle de armas para aceitar um arsenal nuclear norte-coreano em um nível limitado ou reduzido.

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A administração Biden continua a enfatizar que vai manter a "desnuclearização/desmantelamento completa, verificável e irreversível" - conhecida como CVID na sigla em inglês- da Coreia do Norte como política dos EUA. A terminologia é consistente com a de 11 resoluções da ONU, bem como com a lei dos EUA.

A Lei da Iniciativa de Garantia da Ásia, de 2018, declarou que “é estratégia diplomática dos Estados Unidos… buscar medidas diplomáticas para alcançar a desnuclearização completa, verificável e irreversível da Coreia do Norte”.

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A manutenção da CVID pela administração Biden é uma melhoria em relação à adoção confusa da "desnuclearização final totalmente verificável" pelo governo Trump.

Autoridades da administração Trump alegaram que a terminologia era a mesma que a CVID, mas nunca articularam por que eles adotaram um novo termo inconsistente com a legislação dos Estados Unidos e das Nações Unidas. O novo termo confundiu membros do Congresso e aliados dos EUA e foi uma distração desnecessária.

Biden indicou anteriormente que retornará à abordagem tradicional dos EUA "de baixo para cima" de presidências republicanas e democratas, que condicionou uma reunião de cúpula sobre o progresso significativo dos diplomatas em direção a um acordo de desnuclearização.

A abordagem "de cima para baixo" do governo Trump não teve mais sucesso do que os esforços anteriores, mas testou a hipótese de que uma reunião de cúpula entre os líderes norte-americano e norte-coreano poderia resolver diferenças de longa data.

Uma autoridade do governo Biden citada no artigo do The Washington Post afirma: “Temos a intenção total de manter a pressão de sanções enquanto isso se desenrola”. No entanto, o grau em que as sanções e as leis dos EUA serão realmente aplicadas permanece uma questão em aberto.

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Os governos Bush, Obama e Trump defenderam uma forte fiscalização, mas abstiveram-se de impor sanções contra entidades que violam as leis dos EUA.

O governo Biden enfatizou que retornará a uma política mais firme dos EUA contra as violações dos direitos humanos da Coreia do Norte. Um indicativo tangível seria a nomeação de um enviado especial para questões de direitos humanos na Coreia do Norte, uma posição determinada pelo Congresso que permaneceu vaga durante os quatro anos do governo Trump.

Ainda não está claro o que o governo Biden consideraria como parâmetros aceitáveis ​​de um acordo de desnuclearização com a Coreia do Norte. Mas Pyongyang não apreciará o discurso duro do novo governo sobre desnuclearização, sanções e direitos humanos.

O regime pode responder conduzindo outra grande provocação, como um teste de míssil ou nuclear. Ao fazer isso, a Coreia do Norte colocaria à prova a política da administração Biden.

*Bruce Klingner, pesquisador sênior do Nordeste da Ásia no Centro de Estudos da Ásia na Heritage Foundation, atuou por 20 anos na comunidade de inteligência, trabalhando na CIA e na Inteligência de Defesa.

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©2021 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês

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