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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, insistiu nesta terça-feira (27) aos líderes democratas e republicanos no Congresso para que aprovem "com urgência" um pacote de ajuda militar para a Ucrânia.
Biden fez essas declarações no Salão Oval da Casa Branca, onde se reuniu com o líder democrata do Senado, Chuck Schumer, e o da Câmara dos Representantes, Hakeem Jeffries, assim como com o líder republicano do Senado, Mitch McConnell, e o da Câmara, Mike Johnson, este último com maior resistência à aprovação da ajuda à Ucrânia.
"A Ucrânia precisa urgentemente de ajuda", disse Biden no início da reunião diante da imprensa.
O mandatário afirmou que as "consequências da inação diária na Ucrânia são terríveis" e que alguns membros do G7 (Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão) disseram a ele que estão "muito preocupados" com a posição dos EUA.
A ajuda à Ucrânia está paralisada no Congresso, pois Johnson se recusa a levar à votação um projeto de ajuda de US$ 95 bilhões para a Ucrânia, Israel e Taiwan, que foi aprovado no Senado neste mês com o apoio da maioria dos democratas e cerca de 20 republicanos, incluindo seu líder, McConnell.
Biden também pediu aos líderes do Congresso para que aprovem a parte da ajuda de Israel, para que o país possa reabastecer os mísseis de defesa aérea da Cúpula de Ferro para se defender contra ataques aéreos do grupo terrorista palestino Hamas.
A Ucrânia, no entanto, foi o tópico mais polêmico da reunião, que ocorreu a portas fechadas.
Posteriormente, em declarações aos repórteres, Schumer revelou que a conversa foi "uma das mais intensas" que ele já teve no Salão Oval em toda a sua carreira.
Enquanto isso, Johnson descreveu a reunião como, em geral, "franca e honesta", mas se recusou a oferecer detalhes sobre sua estratégia em relação ao pacote de ajuda à Ucrânia.
Johnson, que lidera a maioria republicana na Câmara, reiterou seu argumento de que, para votar o pacote de ajuda à Ucrânia, primeiro devem ser tomadas medidas para reforçar a fronteira diante do recorde de chegadas de imigrantes sem documentos.
Durante meses, os republicanos condicionaram a ajuda à Ucrânia à aprovação de um projeto de lei para reforçar a fronteira e enfraquecer o sistema de asilo.