Os Estados Unidos enviarão um emissário ao Oriente Médio para exortar israelenses e palestinos a "diminuir a escalada" de tensões dos últimos dias, informou nesta quarta-feira (12), o secretário de Estado americano, Antony Blinken. Também nesta quarta-feira, o presidente americano, Joe Biden, conversou por telefone com o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, a quem transmitiu seu "apoio inabalável ao direito de Israel de se defender", disse a Casa Branca. Os novos conflitos deixaram ao menos 72 mortos até o momento, de acordo com autoridades locais.
Hady Amr, alto funcionário do Departamento de Estado encarregado dos assuntos israelenses e palestinos, será responsável por pedir, "em nome do presidente Joe Biden, uma redução da violência", anunciou Blinken a repórteres.
O secretário de Estado voltou a condenar os disparos de foguetes de Hamas contra Israel "com a maior firmeza", mas também considerou que "qualquer morte de civis" é "uma tragédia".
"Acho que Israel tem um dever adicional de tentar fazer todo o possível para evitar baixas de civis, mesmo que tenha o direito de defender seu povo", declarou Blinken, observando que as imagens de crianças palestinas mortas eram "comoventes".
Mas Blinken enfatizou que havia uma "distinção muito clara e nítida entre uma organização terrorista, o Hamas, que está disparando foguetes indiscriminadamente - visando civis, na verdade - e a resposta de Israel, que está se defendendo".
Mais tarde, o Departamento de Estado disse em um comunicado que Blinken conversou por telefone com Netanyahu, pedindo esforços para "acabar com a violência".
"O Secretário de Estado reiterou seu apelo a todas as partes para reduzir as tensões e pôr fim à violência", disse a nota, acrescentando que também "enfatizou a necessidade de israelenses e palestinos viverem com segurança" e "desfrutarem de liberdade, segurança, prosperidade e democracia igualmente".
Busca pela paz
Biden, por sua vez, condenou no telefonema os ataques com foguetes do Hamas e de outros grupos terroristas, que tiveram também como alvo Jerusalém e Tel-Aviv, disse a Casa Branca em um comunicado. "Ele também transmitiu o incentivo dos Estados Unidos a um caminho para restaurar uma calma sustentável", disse o comunicado da Casa Branca.
Em recentes interações de alto nível, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, ligou para seu homólogo israelense Benny Gantz, e expressou seu apoio ao "direito legítimo de Israel de defender a si mesmo e a seu povo", enquanto instava a tomar medidas para restaurar a calma, disse o Pentágono.
Um alto funcionário dos EUA disse separadamente que espera mais contatos de alto nível, incluindo com a Jordânia e o Egito, embora Washington não dialogue com o movimento Hamas, que considera um grupo terrorista.
O governo Biden já havia apelado ao seu tradicional aliado Israel para adiar um polêmico desfile em Jerusalém e impedir os despejos de palestinos na parte oriental ocupada e anexada da Cidade Santa, o ponto de gatilho imediato para o novo ciclo de violência.
Tomando um tom mais claro da administração pró-Israel de seu predecessor republicano Donald Trump, Blinken renovou o apoio dos EUA para a eventual criação de um Estado palestino independente. "O mais importante agora é que todas as partes parem a violência e se envolvam na redução da escalada", insistiu.
O minério brasileiro que atraiu investimentos dos chineses e de Elon Musk
Desmonte da Lava Jato no STF favorece anulação de denúncia contra Bolsonaro
Fugiu da aula? Ao contrário do que disse Moraes, Brasil não foi colônia até 1822
Sem tempo e sem popularidade, governo Lula foca em ações visando as eleições de 2026