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Policiais inspecionam local onde ocorrerá a convenção do Partido Republicano, de 15 a 18 de julho.
Policiais inspecionam local onde ocorrerá a convenção do Partido Republicano, de 15 a 18 de julho.| Foto: Allison Dinner/EFE/EPA

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, definiu neste domingo o ataque a tiros contra seu rival republicano Donald Trump como uma “tentativa de assassinato” e prometeu revisar as medidas de segurança para o pré-candidato e para a convenção republicana que começa na segunda-feira. Em declarações realizadas na Sala Roosevelt da Casa Branca, Biden pediu aos americanos que não especulem sobre as motivações do atirador, que foi morto a tiros em um telhado perto do comício de campanha onde Trump sofreu um ferimento causado por uma das balas, que rasgou sua orelha direita.

“A investigação está em fase inicial. Não temos nenhuma informação sobre os motivos do atirador. Sabemos quem ele é. Peço a todos que não especulem sobre os motivos e filiações”, disse o presidente americano, que prometeu todos os recursos necessários para a investigação. “A primeira coisa que quero fazer é que Trump, como ex-presidente e candidato do Partido Republicano, já receba um nível elevado de segurança”, destacou Biden. Formalmente, Trump ainda não é o candidato republicano, o que normalmente resulta no aumento da segurança do Serviço Secreto, embora, como ex-presidente, já tivesse direito à proteção desse órgão de proteção. No entanto, sua indicação é certa.

Biden disse ter pedido à diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, que reveja todas as medidas de segurança da Convenção Nacional Republicana, que começa na segunda-feira em Milwaukee (Wisconsin) e durará até quinta-feira. Como terceira medida, o presidente dos EUA solicitou a criação de uma força-tarefa independente para investigar o que aconteceu no comício em Butler (Pensilvânia). Biden ainda antecipou que falará à nação com mais detalhes ainda na noite deste domingo. A já tumultuada campanha eleitoral dos Estados Unidos acaba de atingir um nível de tensão sem precedentes com esta tentativa de assassinato.

Thomas Matthew Crooks, de 20 anos e morador de uma cidade vizinha, disparou vários tiros contra Trump com um fuzil AR-15 de um telhado próximo, fora do perímetro do evento de sábado, que contou com a presença de milhares de pessoas. Além de ferir Trump, que foi retirado do palanque por um grupo de agentes do Serviço Secreto, o atirador matou uma pessoa da plateia e feriu outras duas gravemente. Crooks foi morto por atiradores do Serviço Secreto, mas analistas de televisão criticaram o fato de esse telhado não ter sido considerado para impedir que alguém tivesse acesso a um ponto que oferecia a possibilidade de um tiro certeiro em direção ao palanque.

Equipe de Trump confirma segurança reforçada em convenção republicana

A equipe de campanha de Trump confirmou neste domingo que a convenção republicana continua como estava planejada, embora com medidas de segurança redobradas. Em um memorando aos funcionários, Chris LaCivita e Susie Wiles, diretores da campanha do ex-presidente, informaram que a Convenção Nacional Republicana, que oficializará a nomeação de Trump, segue adiante, embora as medidas de segurança sejam ampliadas no recinto.

Ambos recomendaram aos funcionários que, por precaução, se afastem dos escritórios de campanha em Washington e Palm Beach (Flórida) “enquanto os locais são avaliados e novas medidas de segurança são implementadas”. “Também pedimos que reconheçam a polarização política nesta eleição acirrada. Se algo parecer errado, informe imediatamente os chefes ou a equipe de segurança do local”, escreveram Wiles e LaCivita.

Ambos confessaram estar “horrorizados” com o ataque a Trump. “Esperamos fervorosamente que esse ato horrível reúna nossa equipe e, na verdade, a nação, em unidade. Devemos renovar nosso compromisso com a segurança e a paz em nosso país”, acrescentaram.

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