O governo de Joe Biden tem sido criticado pela maneira como lida com a crise migratória, que atinge nos últimos meses estados como Texas, Nova York e Califórnia| Foto: EFE/EPA/SHAWN THEW
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Diante da grave crise migratória enfrentada neste ano pelos Estados Unidos, o governo do democrata Joe Biden aprovou a construção de um novo trecho de muro no sul do Texas, região fronteiriça com o México por onde passa a maioria dos imigrantes ilegais.

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Ao todo, serão construídos aproximadamente 32 quilômetros começando no condado de Starr, ao longo da fronteira com o país latino-americano.

A nova decisão do democrata contraria suas declarações iniciais durante a corrida presidencial de 2020, ocasião na qual afirmou que não construiria "nenhum centímetro a mais de muro se fosse eleito".

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Contudo, somente neste ano, 245 mil travessias foram feitas para o país, o que congestionou algumas cidades americanas como Nova York, governada pelo democrata Eric Adams, que nesta semana acionou a Justiça para pedir que seja suspenso o chamado “direito ao abrigo”. Estados como o Texas e a Califórnia também enfrentam a falta de recursos para receber as milhares de pessoas que chegam.

O secretário de segurança interna do presidente, Alejandro Mayorkas, disse que a construção de um novo trecho do muro é uma “necessidade aguda e imediata”.

Uma das propostas apresentadas pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA visam a construção de grandes barreiras embutidas em uma base de concreto, além de portões, câmeras e equipamentos de segurança.

Autoridades afirmaram que vão usar o financiamento garantido pela gestão do republicano Donald Trump, grande defensor das barreiras, para construir a nova seção. Durante o mandato de Trump, foram construídos mais de 720 quilômetros de muro.

Nesta quarta-feira (4), o ex-presidente aproveitou o assunto durante entrevista ao canal americano Fox News para responsabilizar Biden pela atual crise migratória no país. Segundo Trump, depois de contrariar seu projeto, agora o democrata precisa reintroduzi-lo na política de governo para frear a atual situação.

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Dados oficiais de agosto, levantados pela Patrulha da Fronteira dos EUA, apontam a detenção de 181.059 pessoas ao longo da fronteira com o México, um aumento em relação à julho, quando foram registrados 132.648 casos.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]