O candidato presidencial democrata, Joe Biden, afirmou em entrevista a uma afiliada da rede NBC que Cuba, China e Rússia contribuíram para o impasse político na Venezuela e a política de Donald Trump em relação a Caracas foi um "fracasso abjeto" que fortaleceu o ditador Nicolás Maduro.
"É um fracasso abjeto desde que ele assumiu. Nicolás Maduro ficou mais forte, o povo da Venezuela está pior, vivendo uma das piores crises humanitárias do mundo. O país não está mais perto de uma eleição livre", disse Biden. "A abordagem incoerente de Trump eliminou parceiros internacionais, alienou parceiros e minou a causa da democracia e sua política falhou em eliminar o sofrimento humano para milhões de venezuelanos americanos".
Biden também disse que Cuba, juntamente com a Rússia e a China, contribuíram para o impasse político na Venezuela.
As declarações miram os eleitores da Flórida, um estado fundamental para conquistar a Casa Branca que concentra um grande número de cubanos e venezuelanos. De acordo com pesquisas compiladas pelo Real Clear Politics, Biden tem 49% das intenções de voto na região e Trump, 45,3%. Em todo o país, o democrata está na frente, com 49,7%, contra 42,2% do presidente.
Trump defende uma estratégia de máxima pressão contra a Venezuela, com sanções progressivas para obrigar Maduro a deixar o poder. O governo do republicano foi o primeiro a reconhecer o líder do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, como presidente interino no início de 2019, mas, desde então, Maduro se fortaleceu no poder.
Biden em Wisconsin
Biden, e sua mulher, Jill, viajarão hoje para Kenosha, no Estado de Wisconsin, após os protestos e distúrbios das últimas semanas e dois dias após Trump visitar a cidade. A campanha do candidato democrata informou que Biden se reunirá com a família de Blake, além de fazer uma "reunião comunitária" para "unir os americanos" e enfrentar os desafios do país.
Esta será a primeira visita de Biden como candidato democrata a Wisconsin, um estado importante nas eleições de 3 de novembro, já que nele Trump derrotou a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, em 2016, com uma vantagem de menos de 1 ponto porcentual.
Trump esteve na terça-feira na cidade, onde visitou escombros de imóveis destruídos durante os tumultos da semana passada. Na sua visita, ele reafirmou seu apoio às forças de segurança e acusou os participantes dos protestos de envolvimento em "terrorismo doméstico".
Lula tenta se aproximar do favorito à presidência da Câmara, mas Hugo Motta quer independência
Maduro fala em usar tropas do Brasil para “libertar” Porto Rico; assista ao Sem Rodeios
Guinada da Meta pode forçar desvio de rota de STF e Lula quanto à censura nas redes
Claudia Leitte e o nome de Jesus: um caso de perseguição religiosa