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Casa Branca

Em cerimônia incomum, Biden tomará posse como 46º presidente dos Estados Unidos

Preparativos são feitos no Capitólio dos EUA para a posse presidencial marcada para 20 de janeiro (Foto: Patrick Semansky / POOL / AFP)

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O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, e sua vice, Kamala Harris, serão empossados ao meio-dia desta quarta-feira (20) em uma cerimônia incomum na capital americana. Em meio à pandemia de Covid-19 e preocupações com possíveis tumultos, o público será reduzido e Washington estará sob forte esquema de segurança.

Os democratas chegam à presidência dos EUA em um momento de forte divisão no país e ao fim de um ano incomum, em que um novo vírus causou a morte de 400 mil americanos, o presidente não reconheceu o resultado das eleições, sofreu impeachment na Câmara pela segunda vez, e uma parte dos seus 74 milhões de apoiadores veem com desconfiança o resultado da eleição.

O comitê da inauguração presidencial está "recomendando fortemente" que as pessoas não compareçam ao evento e, em vez disso, assistam à transmissão da cerimônia pela internet. Os jantares e o tradicional baile foram cancelados, mas eventos virtuais pretendem manter o espírito de celebração.

O público esperado para o evento é de cerca de 2 mil pessoas, segundo o Washington Post. Cerca de 200 pessoas, incluindo os familiares de Biden e Harris, as lideranças do Congresso e alguns diplomatas, estarão no palco principal - mantendo o distanciamento físico. O restante da plateia - membros do Congresso e outras personalidades - verá a cerimônia em uma área abaixo do cenário principal.

Tipicamente, os membros do Congresso recebem um total de cerca de 200 mil ingressos para a cerimônia, que são distribuídos nos seus distritos eleitorais. Mas, neste ano, os parlamentares receberam apenas um ingresso extra cada, noticiou o USA Today.

Outra ausência que será sentida na oficialização da transição de poder na Casa Branca em 2021 é a do atual presidente. Donald Trump já informou que não estará presente para transmitir o cargo. O vice-presidente Mike Pence confirmou presença no sábado passado.

Os ex-presidentes americanos Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton devem participar das festividades. O ex-presidente Jimmy Carter, de 96 anos, informou que, pela primeira vez, não comparecerá à inauguração presidencial.

Cerca de 25 mil membros da Guarda Nacional estarão em Washington para garantir a segurança do evento. O número é 2,5 vezes maior do que o de anos anteriores. As autoridades reforçaram a segurança temendo distúrbios como os vistos no dia 6 de janeiro na capital americana.

Joe Biden será juramentado pelo presidente da Suprema Corte, John G. Roberts Jr., em frente ao Congresso americano. Após o seu discurso inaugural, Biden deve passar as tropas em revista, como é a tradição. Mas, no lugar do desfile pela Avenida Pennsylvania, os novos presidente e vice seguirão para a Casa Branca. De lá, eles terão a missão de lidar com os desafios da pandemia, da crise econômica e da divisão política no país.

Despedida de Trump

O presidente Donald Trump fez um discurso de despedida à nação em um vídeo gravado e divulgado na noite desta terça-feira. Em seu último dia como mandatário do país, Trump disse que se sente "orgulhoso do que conquistamos juntos".

"Nós embarcamos em uma missão para tornar a América grande novamente - para todos os americanos", disse. "Nós fizemos o que tínhamos que fazer - e muito mais".

"Nesta semana, nós inauguramos uma nova administração e rezamos pelo seu sucesso em manter a América segura e próspera. Enviamos os nossos melhores desejos e esperamos que tenham sorte, uma palavra muito importante", afirmou Trump.

Em outro momento do vídeo, o presidente americano disse que estava "especialmente orgulhoso de ser o primeiro presidente em décadas que não iniciou novas guerras".

Em sua mensagem, Trump destacou os feitos de sua gestão, como o acordo comercial com Canadá e México, os cortes de impostos, a saída do Acordo de Paris, a construção de mais de 700 quilômetros de muro na fronteira sul, a morte do líder do grupo terrorista Estado Islâmico e do chefe da Força Quds iraniana, os acordos no Oriente Médio, entre outros.

Trump também condenou os atos violentos durante o ataque ao Capitólio. "A violência política é um ataque contra tudo o que os americanos defendem", afirmou.

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