O presidente dos EUA, Joe Biden, discursa durante um evento de campanha na Carolina do Norte| Foto: EFE/EPA/ALLISON JOYCE
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No começo de março, o presidente dos EUA, Joe Biden, que já está realizando sua campanha de reeleição, divulgou sua proposta de orçamento para o ano fiscal de 2025.

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Nesta proposta, conforme veiculado pelo portal de noticiais Daily Caller, consta um aumento substancial nos recursos públicos destinados à Agência de Álcool, Tabaco, Armas de Fogo e Explosivos (ATF), que integra o Departamento de Justiça dos EUA.

O governo democrata justifica essa medida como "essencial" para permitir que a ATF intensifique suas atividades de investigação e processamento dos crimes que estão relacionados com uso de armas de fogo. No entanto, segundo o Daily Caller, por trás desse aumento há a intenção do governo Biden em fortalecer, por meio da agência, políticas que visam uma regulamentação mais intensa das armas de fogo no território americano.

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Conforme o portal, a proposta orçamentária de Biden prevê um aumento de 30% nos repasses destinados à ATF em comparação com o financiamento atual, o que totalizaria em um acréscimo de US$ 2 bilhões.

Membros do Partido Republicano também afirmam, conforme revelou o portal, que a agência poderia direcionar os recursos que passaria a receber para intensificar sua campanha por políticas de "tolerância zero" contra o uso de armas de fogo por cidadãos civis, o que, na visão deles, representa uma séria ameaça aos direitos protegidos pela Segunda Emenda da Constituição americana.

Em janeiro, o Daily Caller reportou que fontes de dentro da ATF informaram à organização de supervisão Empower Oversight que a agência havia elaborado um extenso documento de 1,3 mil páginas em apoio à aprovação de uma norma desenvolvida em agosto de 2023 que visava proibir as vendas privadas de armas de fogo entre cidadãos.

Além do robusto repasse proposto para ATF, o novo orçamento de Biden também prevê um aumento significativo de recursos para outros departamentos que promovem políticas um tanto quanto progressistas.

Por exemplo, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) receberia mais de US$ 1 bilhão, que, conforme informações da Fox Business, serviria para ser investido em iniciativas destinadas a “promover a equidade racial e garantir a justiça ambiental”. Na proposta também existe a ideia do governo de enviar cerca de US$ 3 bilhões do orçamento público para a promoção da “equidade e igualdade de gênero” em todo mundo.

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Em entrevista ao site da Fox Business, o senador republicano Eric Schmitt criticou o orçamento proposto por Biden, classificando-o como um “aceno para a agenda woke” e afirmando que o mesmo mostra que o democrata "não quer trabalhar com os republicanos" em políticas sobre cortes de gastos para compensar um aumento no limite da dívida pública americana.

Schmitt descreveu a proposta do democrata como um “tapa na cara” daqueles que desejam lidar seriamente com os desafios do país.

O orçamento proposto por Biden para 2025 mostra um aumento significativo nos gastos dos EUA, que chegaria a um total de US$ 7,3 trilhões. Este orçamento abarca uma variedade de pautas e propostas defendidas pelo presidente democrata, que atualmente está querendo reforçar sua imagem e campanha para a reeleição.

Muitas dessas propostas progressistas podem enfrentar dificuldades para serem aprovadas pelo Congresso, uma vez que a Câmara dos Representantes está atualmente sob controle dos republicanos. No entanto, Biden expressa esperança de que, se for reeleito, poderá conquistar uma nova maioria no Congresso posteriormente, o que poderia facilitar a aprovação de várias dessas medidas no futuro.

Aumento de impostos para financiar os gastos do governo

A proposta orçamentária de Biden também inclui cerca de US$ 2 trilhões em aumentos de impostos para as pessoas mais ricas do país. Com esse aumento, a Casa Branca alega que seria possível reduzir os déficits do orçamento federal em quase US$ 3 trilhões ao longo de 10 anos.

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O aumento na taxa de impostos alcançaria tanto as grandes corporações quanto os americanos mais ricos.

O senador Schmitt argumentou na entrevista à Fox que o custo do aumento dos impostos inevitavelmente recairia sobre os americanos mais pobres, o que afetaria significativamente o custo de vida das famílias trabalhadoras. Schmitt disse que “não se pode tributar o caminho para a prosperidade”.

O novo orçamento de Biden contrasta com as políticas fiscais adotadas durante o governo do ex-presidente Donald Trump (2017-2021), que promovia os cortes de impostos e limitava os gastos governamentais.

Além de Schmitt, outros diversos membros do Partido Republicano já criticaram o orçamento de Biden para 2025. O presidente da Câmara, Mike Johnson, se referiu ao orçamento proposto pelo democrata como “um roteiro para acelerar o declínio da América”, destacando sua preocupação com o apetite do governo por gastos imprudentes e a falta de responsabilidade fiscal.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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