O presidente dos EUA, Joe Biden, participou de uma proposta semelhante quando era vice de Obama| Foto: EFE/EPA/Chris Kleponis/ Pool
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O governo de Joe Biden avalia legalizar uma parcela dos 1,1 milhão de imigrantes casados ​​com cidadãos americanos, mas que vivem de forma ilegal nos Estados Unidos atualmente.

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De acordo com fontes consultadas pelo jornal Wall Street Journal (WSJ), esse tema tem sido constantemente debatido na Casa Branca, desde o final do ano passado.

Esses imigrantes podem solicitar o Green Card (documento concedido pelas autoridades para permanência no país) após a mudança de status civil, no entanto, muitas vezes, eles cometem violações à lei que dificultam esse processo, como a entrada ilegal no país mais de uma vez ou o uso de documentação falsificada.

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Diante desse cenário, o governo democrata analisa a possibilidade de utilizar uma ferramenta de imigração conhecida como “liberdade condicional ”, medida que já existe numa versão mais reduzida para cônjuges indocumentados de veteranos militares. A expansão do benefício tornaria imediatamente esses estrangeiros elegíveis não só para autorizações de trabalho, mas também abriria caminho para o processo de cidadania, eliminando os obstáculos administrativos que atualmente os impedem de receber o Green Card.

Republicanos se opõem à medida

De acordo com o Wall Street Journal, a possibilidade é vista com maus olhos pelos republicanos, que se manifestaram contra tais medidas, chamando-as de uma "afronta à lei de imigração".

Entre os parlamentares que rejeitam a proposta está o deputado de Ohio Jim Jordan, presidente do Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes, responsável por supervisionar questões de política de imigração.

Jordan criticou severamente essas ações administrativas, afirmando que a administração Biden "continua a colocar os ilegais à frente dos cidadãos americanos", sendo esse projeto apenas mais uma flagrante violação da lei de imigração do país.

Segundo o portal Infobae, a gestão de Biden tem enfrentado pressão crescente de grupos empresariais e de administradores de grandes cidades para lançar um programa de ajuda em grande escala visando auxiliar famílias de status misto.

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A proposta estudada antes das eleições é vista por analistas como uma tentativa de Biden lançar um programa semelhante ao Ação Diferida para Chegadas na Infância (DACA, na sigla em inglês), criada pela administração de Barack Obama (2009-2017), quando o atual mandatário ainda era vice-presidente. O programa concedeu autorizações de trabalho e proteção contra deportação para mais de 800 mil jovens imigrantes ilegais, que ficaram conhecidos na época como "sonhadores" (dreamers, no inglês). A medida foi encerrada por Donald Trump em 2017, logo no início de seu mandato.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]