O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ratificou nesta terça-feira o apoio de seu país à entrada da Finlândia e da Suécia na Otan e garantiu que seu homólogo russo, Vladimir Putin, não conseguiu "dividir" a aliança, mas sim reforçá-la e fazer com que esteja "mais unida do que nunca".
"Putin pensou que poderia nos dividir e, em vez disso, conseguiu exatamente o que não queria", disse Biden em um ato realizado na Casa Branca, no qual assinou os documentos com o respaldo dos EUA à adesão da Finlândia e da Suécia, que o Senado americano havia endossado na semana passada.
Biden comentou ironicamente o fato de que o presidente russo "gostaria de federalizar a Otan, mas conseguiu a 'Otanização' da Finlândia e da Suécia".
O presidente americano considerou ainda que, com a entrada na aliança, Finlândia e Suécia contraem um compromisso "sagrado" e a Otan, por sua vez, se compromete a defendê-los.
"Atacar um é atacar a todos, como diz o Artigo 5", lembrou Biden, referindo-se à cláusula do tratado da aliança sobre defesa coletiva, para em seguida assegurar que, neste momento, dito compromisso está "mais forte do que nunca".
Biden também recordou que a única vez na história que este artigo foi invocado foi após os ataques de 11 de setembro de 2001 contra os EUA, frisando que então os aliados se colocaram ao lado de Washington, algo que este país "nunca esquecerá".
Por isso, no atual contexto da guerra na Ucrânia, salientou o compromisso de reforçar o flanco leste da Otan e fortalecer a defesa contra "qualquer ameaça de agressão" aos países membros.
Sobre este objetivo de reforçar a segurança na Europa, Biden ressaltou a importância de termos dois novos aliados “altamente capacitados no norte”.
Como lembrou Biden, com a assinatura dos documentos, os EUA se tornam o 23º país da Otan a ratificar a entrada da Finlândia e da Suécia. Atualmente são 30 membros, que se tornarão 32 com esses dois novos países.
Biden conversou nesta manhã com a primeira-ministra da Suécia, Magdalena Andersson, e com o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö, para informá-los da ratificação e parabenizá-los por terem dado "mais um passo" para a entrada de seus países na aliança.
Como fez anteriormente em seu discurso, Biden também destacou o consenso alcançado no Senado dos EUA (onde houve 95 votos a favor e apenas um contra) para ratificar o respaldo à entrada de Suécia e Finlândia.
Em suas conversas com Andersson e Niinistö, Biden assegurou que os EUA trabalharão com Suécia e Finlândia para permanecer "vigilantes" contra qualquer ameaça à segurança comum e enfrentar juntos "qualquer agressão ou ameaça de agressão".