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Eleições americanas

Biden reconhece que pode não conseguir salvar candidatura, diz New York Times

Apesar do desespero democrata, não será tão fácil substituir Joe Biden
Membros da campanha de Biden disseram que o desempenho do presidente no debate da CNN foi "péssimo" (Foto: EFE/EPA/EDWARD M. PIO RODA)

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O presidente dos EUA, Joe Biden, reconheceu a um aliado que pode não conseguir salvar sua candidatura se não convencer o público nos próximos dias de que está preparado para o cargo, segundo afirmou nesta terça-feira (2) o jornal New York Times.

Até agora, o presidente americano manteve-se publicamente firme na manutenção de sua campanha de reeleição para a Casa Branca, apesar das críticas do próprio partido após seu desempenho desastroso no debate da semana passada contra o ex-presidente republicano Donald Trump.

Embora o aliado, cuja identidade não foi revelada pelo jornal, tenha frisado que Biden ainda está “profundamente imerso” na luta pela reeleição, também ressaltou que o presidente “entende que as suas próximas aparições na televisão e em eventos públicos têm de correr bem”.

Nos próximos dias, está prevista uma entrevista com George Stephanopoulos, da emissora ABC, e também comícios na Pensilvânia e no Wisconsin, dois dos estados-chave para definir o vencedor das eleições de 5 de novembro.

Segundo o New York Times, a fonte falou sob condição de anonimato para discutir “uma situação delicada” e, como destacou o jornal, é o primeiro indício que se torna público de que o presidente está considerando seriamente se poderá se recuperar depois de um desempenho desastroso no palco do debate em Atlanta.

Um conselheiro sênior de Biden, que também falou sob condição de anonimato, disse que o presidente está “bem consciente do desafio político que enfrenta”.

O mandatário tem sido duramente criticado por sua atuação no debate em que projetou uma imagem envelhecida, com voz rouca e dificuldade para concluir algumas de suas frases, aumentando as dúvidas entre eleitores e membros do Partido Democrata sobre sua capacidade de continuar governando e enfrentar Trump nas eleições de novembro.

O presidente, de 81 anos, reconheceu nesta terça que “quase adormeceu” durante o confronto com Trump e atribuiu seu cansaço às viagens que tinha feito poucos dias antes à Itália para a cúpula do G7 e à França para o 80º aniversário do Dia D da II Guerra Mundial.

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