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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida| Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, anunciaram nesta quarta-feira (10) um novo plano abrangente de cooperação militar entre seus países, que incluem projetos militares e a reestruturação do comando militar americano no Japão, visando facilitar a coordenação com as forças japonesas.

A intensificação da parceria visa contrapor as influências crescentes da China e da Rússia no cenário global.

Durante uma coletiva de imprensa conjunta na Casa Branca, os líderes discutiram questões críticas como as tensões em Gaza e Israel, a guerra na Ucrânia e a situação na Coreia do Norte, destacando o papel cada vez mais relevante do Japão para os Estados Unidos.

Biden enfatizou que a aliança EUA-Japão é defensiva e mencionou sua recente conversa com o ditador chinês, Xi Jinping.

O novo plano militar anunciado por EUA e Japão inclui uma rede de defesa de mísseis aéreos desenvolvidos pelos países em parceria com a Austrália e a participação de astronautas japoneses em missões da NASA à Lua. Além disso, cerca de 70 acordos de cooperação em defesa foram firmados, visando aprimorar a capacidade de resposta conjunta em caso de crises.

Kishida, que também se encontrará com o presidente das Filipinas, Ferdinand Marcos Jr., que recentemente aproximou seu país novamente dos EUA, ressaltou a importância da cooperação com os americanos para evitar conflitos como o da Ucrânia na região da Ásia-Pacífico. O premiê japonês enfatizou a necessidade de manter o diálogo com a China, apesar das crescentes tensões marítimas entre o regime comunista e os países pelo Mar do Sul.

Mesmo com o acordo, Biden disse estar “aberto” para o diálogo com a Coreia do Norte, buscando uma abordagem “positiva” com o país se as condições forem adequadas. O democrata destacou a importância de abordar as preocupações humanitárias e de direitos humanos, incluindo a questão dos sequestros de cidadãos japoneses pela Coreia do Norte.

"Saúdo a oportunidade de diálogo com a República Popular Democrática da Coreia (nome oficial da Coreia do Norte) por parte de nossos aliados. Já disse muitas vezes que estamos abertos ao diálogo a qualquer momento, sem condições prévias", declarou.

O ditador norte-coreano, Kim Jong-un, e o antecessor de Biden, o republicano Donald Trump (2017-2021), se reuniram três vezes entre 2018 e 2019, um passo histórico desde o fim da Guerra da Coreia (1950-1953), que dividiu a península coreana em dois países, Coreia do Norte e Coreia do Sul. (Com Agência EFE)

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